terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Nível da usina de Furnas cai a 9% e aumenta risco de colapso


Nem mesmo as chuvas que atingiram a região sul de Minas Gerais foram capazes de reverter a queda do nível da represa de Furnas. Nesta segunda-feira, ela operava com apenas 9,46% da capacidade, porcentual que tem mantido tendência de queda. Para se ter idéia do que isso representa, no início de fevereiro do ano passado o reservatório tinha 34%, nível que já era considerado muito baixo para o período. Nesta segunda-feira, o Lago de Furnas está mais de 15 metros abaixo do limite e, se houver uma redução de mais quatro metros, o sistema pode entrar em colapso. Em seu volume máximo, o reservatório fica a 768 metros em relação ao nível do mar, mas hoje está a apenas 752,81 metros. A Usina de Furnas fica na Bacia do Rio Grande e responde por 17,42% da capacidade dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste. Hoje, a hidrelétrica opera com capacidade inferior a 2001, ano do chamado "apagão" no Brasil. O motivo é a estiagem recorde e que voltou a ser sentida no mês passado, quando novamente choveu bem abaixo da média. Atualmente Furnas tem duas turbinas paradas, mas a hidrelétrica não fornece detalhes sobre a geração de energia. A companhia alega apenas seguir as orientações do ONS (Operador Nacional do Sistema), que é o regulador do serviço no País. O Rio Grande, fonte de água do Lago de Furnas, abastece ainda outras hidrelétricas da região que também sentem os efeitos da estiagem. São o caso da Usina de Marimbondo, hoje com 11,45% de sua capacidade, e da Mascarenhas de Moraes, que opera com 17,32%.

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