sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nomeação de Aldemir Bendine surpreende todo mundo e completa o desastre do governo petista de Dilma Rousseff


A escolha de Aldemir Bendine, o enrolado presidente do Banco do Brasil, para comandar a Petrobras em meio a sua maior crise causou perplexidade até mesmo a petistas, reunidos nesta sexta-feira em Belo Horizonte para a reunião do Diretório Nacional do partido. O mercado financeiro reagiu imediatamente – e mal: as ações da estatal desabaram. E a oposição verbalizou o que a esta altura parece óbvio: foi uma saída caseira diante da dificuldade da presidente Dilma Rousseff em encontrar alguém disposto a aceitar a árdua tarefa. Mais: a nomeação também indica que o Palácio do Planalto pretende blindar a estatal enquanto a Polícia Federal ainda tenta dimensionar o tamanho do assalto aos cofres da empresa para pagar propina a partidos e políticos governistas. Em Minas Gerais, dirigentes do PT que chegavam para o encontro da sigla foram surpreendidos com a notícia. O novo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), não disfarçou o incômodo: "Nossa torcida é que ele comande bem a Petrobras e siga a sua trajetória à frente de mais uma empresa pública". A oposição não poupou críticas. "Não tendo conseguido alguém de fora do governo que se dispusesse a ser sócio do maior escândalo de corrupção da história contemporânea do país, restou à presidente buscar dentro do próprio governo o novo presidente da Petrobras", afirmou o senador mineiro Aécio Neves, presidente do PSDB. "Só pode ser piada, é mais uma indicação política. Parece que o propósito do governo é muito mais colocar alguém de confiança para segurar a onda do petrolão do que recuperar a Petrobras. É uma decisão improvisada para um problema seríssimo que o Brasil enfrenta", afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE). O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também criticou a escolha e lembrou que Bendine é investigado pelo Ministério Público: “Ele não tem conhecimento de um setor extremamente complexo e não possui estofo para levar a Petrobras a um patamar de credibilidade que ela necessita neste momento. Não podemos dizer que é um currículo que o recomende para assumir uma empresa da grandeza da Petrobras. Esse senhor esperava a demissão e foi presenteado com a presidência da Petrobras. O governo ri na cara da sociedade".​ "Nomes respeitáveis foram cogitados, mas a situação da Petrobras está tão crítica que tiveram de buscar uma solução caseira. Imagino que os grandes e respeitados empresários não quiseram se envolver nesse mar de lama. As pessoas respeitáveis querem distancia desse governo", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP).

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