sábado, 14 de fevereiro de 2015

O serviço de atendimento aeromédico do SAMU-SUS foi privatizado no governo do petista Tarso Genro, foi quarteirizado, e agora ficou evidente na farsa do atendimento ao menino argentino que caiu de janela de hotel em Capão da Canoa

O Ministério Público Estadual já foi acionado para investigar a quarteirização do serviço de atendimento aeromédico instituído no governo do peremptório petista "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro. O sistema era o seguinte: Maicon Vargas era coordenador do SAMU; quando foi firmado o convênio entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Brigada Militar para o transporte e resgate aeromédico, ao invés de optar por contar com profissionais do próprio quadro da Secretaria Estadual da Saúde, ele optou por fazer um contrato com a prefeitura de Imbé. Atualmente o prefeito de Imbé é petista, o que ajuda a entender as coisas. Ninguém jamais foi notificado que Imbé houvesse se tornar um pólo de destaque na área médica, muito menos que tivesse tamanha experiência em um ramo de qualificação profissional. Também nunca ninguém soube que Imbé fosse um pólo de destaque médico, muito menos um destaque no ramo de qualificação profissional no resgate aeromédico. Depois do recurso do SUS repassado para a prefeitura petista, o dinheiro seguia para o Consórcio AMLINORTE. E este, por sua vez, contratava a empresa Futura Saúde. Que tal, hein? Não é fantástica a peripécia montada pelo governo petista? Maicon Vargas, além de coordenador do SAMU, também era funcionário da empresa quarteirizada. Mas, não ficava só nisso, a mulher de Maicon Vargas também era contratada dessa empresa Futura Saúde. Não é uma maravilha? Família que trabalha junta, progride junto. Mas, tem mais, e agora chegamos até o caso do menino argentino que caiu da sacada de um hotel em Capão da Canoa. A médica que exigiu a transferência aeromédica da criança argentina na semana passada também é funcionária da tal empresa Futura Saúde. Nem foi ela quem atendeu a criança. Os dois primeiros médicos que atenderam a criança argentina entenderam que não se fazia necessária a remoção aérea e que, sem prejuízo de atendimento, a criança poderia ser transportada por ambulância, até porque a distância a ser percorrida não era grande. Ou seja, quem forçou a transferência foi a Dra. Rossana, a empregada da empresa Futura Saúde. Por que a Dra. Rossana não foi uma das primeiras a atender a criança? Por que ela estava na Futura Saúde, ou seja, não estava no hospital. A Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, e o jornal Zero Hora, assim como o portal ClibRBS logo entraram no circuito de demonização, de satanização, do governo e do governador José Ivo Sartori. No dia 10 de fevereiro a Rádio Gaúcha divulgou a demora no atendimento médico e anunciou que um áudio comprovaria a negativa de atendimento. Horas depois ficou comprovado que esse áudio não tinha nada a ver com a questão do atendimento médico da criança. A Rádio Gaúcha emitiu alguma nota em relação a isto? Nada, ficou quietinha. O anúncio sobre a gravação não foi removido até hoje. O portal ClibRBS se encarregou de amplificar ao máximo a repercussão do assunto, do interesse pessoal do tal Maicon Vargas. Vejam a seguir a matéria do ClicRBS sobre o assunto:

Atendimento aeromédico do governo estadual deve acabar

Secretário de Saúde diz que trabalho feito por equipe de 15 médicos e enfermeiros é "totalmente dispensável"

29/01/2015 | 04h12Atendimento aeromédico do governo estadual deve acabar Divulgação/Governo do RS
Compra de dois helicópteros teve investimento de R$ 26 milhõesFoto: Divulgação / Governo do RS
Após investimento de quase R$ 26 milhões na compra de dois helicópteros, o serviço de atendimento aeromédico do Estado, implantado em 2012, deverá ser desativado pelo governo estadual. Para o secretário da Saúde, João Gabbardo, o trabalho realizado por equipe de 15 médicos e enfermeiros, por meio de um termo de cooperação entre Brigada Militar e Samu, é "totalmente dispensável". Coordenador do serviço, Maicon Vargas classificou a decisão um retrocesso. Ressaltou que, nos últimos 12 meses, o grupo realizou 140 atendimentos, entre eles os resgates dos praticantes de rapel em Maquiné e das vítimas do acidente com ônibus da Unesul em Glorinha, ambos neste ano, e do incêndio na boate Kiss, em 2013.
— Enquanto todos os Estados investem neste tipo de serviço, o atual governo decide voltar atrás. É lamentável. A população vai ser prejudicada, pois é um serviço que pode ajudar a salvar muitas pessoas. Gabbardo diz que foram feitos só 24 atendimentos no último ano. Segundo Vargas, a diferença entre os números ocorre porque a secretaria considera apenas os chamados via central estadual. Conforme Gabbardo, o governo vai tentar rever o investimento de R$ 26 milhões (70% deste valor já foi pago) feito em 2014 para a compra de duas aeronaves, mas a entrega de uma delas está prevista para a próxima semana.
— Vamos definir o que vai ser feito com os helicópteros. Não teríamos feito esse investimento, teríamos transferido esses recursos para a assistência e deveríamos menos para hospitais e prefeituras — disse Gabbardo.
Com a desativação do projeto, que tem custo mensal de R$ 156 mil, a demanda deverá ser atendida pela BM, como no passado, e por empresas privadas, que também atuam na coleta de órgãos para transplantes. Vargas, ex-coordenador estadual do Samu, diz que o custo da hora será cinco vezes maior com o serviço terceirizado.
Que tal, não é mesmo um espanto? O tal Sr. Maicon Vargas, já fora do governo petista do "grilo falante" Tarso Genro, mobiliza um poderoso grupo de comunicação não defesa de seu interesse e de sua mulher. E os jornalistas petistas do poderoso grupo RBS saem correndo a dar eco para o representante da extinta administração petista. O Coordenador do SAMU no Governo Tarso, Maicon Vargas, como funcionário público, contratava, auditava, validava e pagava o serviço que ele próprio prestava como terceirizado do Estado. Além de pagar para a sua mulher e para a médica que fez todo o escarcéu da transferência. Mas, ainda tem outro item que poucas pessoas estão questionando. Por que a equipe da Futura Saúde retirou os materiais de remoção aeromédica do helicóptero sem avisar a Secretária da Saúde? Isso é quebra de contrato unilateral, pois a Secretaria Estadual da Saúde jamais comunicou de forma oficial a suspensão ou fim do contrato com a prefeitura de Imbé. Leia abaixo a matéria do ClibRBS para ter certeza a esse respeito. 

"Não recebemos notificação", diz ex-coordenador do Samu sobre aero-médicos

Secretaria da Saúde informa, por meio de nota, que serviço aero-médico continua vigente

por Lara Ely
10/02/2015 | 18h50
"Não recebemos notificação", diz ex-coordenador do Samu sobre aero-médicos Diego Vara/Agencia RBS
Confusão sobre o convênio entre a prefeitura de Imbé e o governo do Estado atrasou o deslocamento do menino para Porto Alegre, onde seria atendidoFoto: Diego Vara / Agencia RBS
Sem receber aviso oficial da Secretaria Estadual de Saúde sobre o desligamento do serviço aero-médico, o ex-coordenador do Samu Estadual Maicon Vargas diz que aguarda uma posição oficial sobre a vigência do convênio entre governo do Estado e Prefeitura de Imbé. Vargas não coordena mais o serviço oficialmente desde que o governador José Ivo Sartori tomou posse. Mesmo assim, continua comandando a equipe (que ele mesmo contratou) e foi o responsável por mandar os oito médicos e sete enfermeiros para casa no sábado, quando o serviço parou de ser acionado pela Central de Regulação do Samu. Foi descumprindo essa orientação e seguindo seu ímpeto profissional que a médica Rossana de Carli acompanhou o menino Thiago Baez Cichanowski, que caiu da sacada de um hotel em Capão da Canoa, no deslocamento até Porto Alegre.
— Se esse menino chegou salvo a Capital, foi graças ao voluntarismo da médica que foi mesmo sob orientação contrária. Sábado, ouvimos eles dizerem que nosso serviço não existe mais. Nós entendemos que estamos dispensados, mas até agora, a equipe não teve uma posição oficial. A última declaração do governo é que o convênio com Imbé estaria sendo desfeito para uma reestruturação do serviço. Mas não fomos notificados sobre a rescisão — afirma.
Sábado foi o último dia de plantão da equipe. Segundo Vargas, como a central de regulação não emite mais chamados, "é preferível manter os profissionais em casa, para evitar pagamentos extras pela prefeitura de Imbé". Ele explica que a questão do aero-médicos é uma luta antiga do Estado e que todos os profissionais contratados passaram por seleção que levou em conta competência técnica.
— Ninguém da equipe tem filiação partidária. Somos todos "samuzeiros" há cinco ou seis anos. Estamos disponíveis para somar e contribuir com a saúde do Estado. Não é justo que as decisões sejam tomadas de maneira arbitrária — lamenta.
Nota reafirma vigência do serviço
Por meio de nota emitida no final da tarde desta terça-feira, a Secretaria Estadual da Saúde reafirma que o atendimento aero-médico continua sendo prestado pelo helicóptero da Brigada Militar. 
A nota informa ainda que o primeiro atendimento de Thiago teria sido às 9h40min no Hospital Santa Luzia, de Capão da Canoa, e a chegada em Porto Alegre ocorreu às 12h34min. "Neste período, desde a entrada no Hospital Santa Luzia, até a chegada na capital, a criança recebeu todos os cuidados intensivos médicos. De acordo com as informações do HPS, o menino apresenta um quadro de Traumatismo Craniano Encefálico (TCE) grave e permanece em coma induzido", diz a nota. Segundo o diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria Estadual da Saúde, Alexandre de Britto, os dois helicópteros adquiridos pela SES, em 2014, permanecem nos Estados Unidos, aguardando a entrega por parte do fabricante.

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