sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Planilha do gerente Pedro Barusco detalha percentual desviado de cada obra na Petrobras



Onze operadores citados em uma planilha do ex-gerente executivo da Petrobras Pedro Barusco atuaram em 87 obras da estatal que somaram R$ 47 bilhões no Brasil e US$ 11 bilhões em contratos no exterior. Em depoimento ao Ministério Público, Barusco disse propinas entre 1% e 2% dos valores dos contratos firmados entre 2003 e 2010 na Petrobras eram divididos entre partidos e dirigentes da estatal. Veja a planilha completa clicando no link https://drive.google.com/file/d/0B8_RBOFhHrDUVEhqLW9xTl9RZEE/view?usp=sharing . Um dos principais nomes dentro do esquema é o do consultor Mário Goes, que, segundo Barusco, atuou como operador das empresas UTC, MPE, OAS, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez, Schahin, Carioca e Bueno Engenharia para viabilizar o pagamento de propinas relativas a contratos entre 2004 e 2013. O delator disse que Mário Goes, seu amigo há 15 anos, tem uma empresa chamada Rio Marines há pelo menos 20 anos e é engenheiro naval. Segundo Barusco, o engenheiro era a figura responsável pelo pagamento regular de propinas em nome de várias construtoras no Brasil e no exterior. Em muitos casos, os pagamentos era feitos em dinheiro vivo. Normalmente, os pagamentos a Barusco eram feitos na casa de Goes, na Estrada das Canoas, em São Conrado. O ex-gerente da Petrobras disse que cada pagamento variava entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. O policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, que transportava dinheiro do doleiro Alberto Youssef, já havia citado um homem chamado Mário, a localização da casa dele, mas não indicou o sobrenome do consultor. No depoimento, o policial diz: “Levei dinheiro do Youssef para uma pessoa chamada Mário, que trabalha com navios off-shore. Entreguei para ele no escritório, próximo à UTC, e na casa dele, em São Conrado. Passando pela Rocinha, antes de sair de São Conrado, pega à direita na padaria. É um condomínio que fica à esquerda, na casa 2. Fui lá umas duas vezes”. Até a noite de ontem, a Polícia Federal não havia divulgado contra quem era o mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro. Na planilha, é possível identificar quem em cada empresa ficou responsável por negociar o esquema de corrupção com os dirigentes da Petrobras. Parte das pessoas citadas está presa na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde novembro. A planilha detalha o percentual de propina em cada obra, e a quem o dinheiro foi destinado. 

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