quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Polícia Federal e Ministério Público obtêm aval para repatriar dinheiro de Eike Batista

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal obtiveram aval da Justiça para buscar recursos de Eike Batista e de suas empresas no Exterior, a fim de compor o montante de R$ 3 bilhões em bens do empresário e de sua família a ser bloqueado pela Justiça. O rastreamento será feito com apoio do governo brasileiro, que pediu cooperação a órgãos de Justiça em países como Uruguai, Panamá, Suíça e ilhas Cayman (Caribe). O advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes, afirma que o empresário não possui recursos no Exterior: "Podem procurar à vontade". Eike Batista é acusado dos crimes de "insider trading" (negociação com base em informações privilegiadas) e manipulação de mercado na venda de ações da petroleira OGX. O juiz federal Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal Criminal, decretou na semana passada o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário e de parentes dele a pedido do Ministério Público, alegando necessidade de preservar recursos para eventuais indenizações e multas. Na ocasião, foram achados cerca de R$ 50 milhões em contas de Eike Batista e familiares. Em 2013, quando pioraram os problemas do grupo X, o empresário doou oito imóveis aos filhos Thor e Olin, com valor declarado de R$ 20 milhões, e R$ 179 milhões à mulher Flávia, aos filhos e a três funcionários. No mesmo ano, o empresário enviou R$ 1,2 bilhão às ilhas Cayman. A defesa de Eike Batista questiona a imparcialidade do juiz e pede seu afastamento. O pedido será julgado nesta quarta-feira (11) pelo Tribunal Regional Federal no Rio de Janeiro.

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