segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Políticos gaúchos José Otávio Germano e Nelson Marchezan Junior estão em planilhas encontradas pela Polícia Federal na empreiteira Camargo Correa

Planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da empreiteira Camargo Correa, em São Paulo, contêm nomes de políticos como o vice-presidente Michel Temer (PMDB) ao lado de valores em dólares e de obras de infraestrutura estimadas também na moeda estrangeira. São feitas duas menções ao nome de Michel Temer no documento, cada uma seguida pelo valor de US$ 40 mil. Araçatuba e Praia Grande, municípios paulistas, são cidades que aparecem ao lado do nome do vice presidente nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da empreiteira, ao lado também dos valores de US$ 40 mil. Na mesma tabela, constam nomes de outros deputados, senadores e prefeitos. A Polícia Federal não faz nenhuma análise sobre o documento porque os políticos mencionados detêm foro privilegiado perante os tribunais superiores – no caso dos parlamentares, o Supremo Tribunal Federal detém competência exclusiva para abrir investigação. Sem autorização da Corte, a PF não pode investigar deputado nem senador. A Polícia Federal apenas juntou aos autos da Operação Lava Jato o documento apreendido na empreiteira, que é alvo da investigação por suspeita de ter integrado o cartel que assumiu o controle dos maiores contratos da Petrobrás. Não há nenhuma menção nas planilhas encontradas na empreiteira a um suposto caixa 2 ou pagamento de propinas. São nomes lançados ao lado de valores. Na apreensão, a Polícia Federal também encontrou planilhas que apontam doações que teriam sido feitas pela empresa a políticos do PT, PSDB, PMDB, DEM e PDT nas eleições de 2012. Os nomes dos políticos aparecem em tabelas, organizadas por partidos. Os políticos citados nas planilhas vem acompanhados por números isolados. A primeira tabela é reservada aos políticos do PT. O material foi apreendido pela polícia durante o cumprimento de um dos mandados de busca da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobrás envolvendo políticos e empreiteiras. 



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