quinta-feira, 12 de março de 2015

À CPI, Eduardo Cunha diz que inquérito contra ele é escolha política

O peemedebista ainda tentou desqualificar a tese de que empreiteiras como a Camargo Corrêa tenham feito doações oficiais ao diretório do PMDB como pagamento de propina negociada por ele. O peemedebista voltou a criticar Rodrigo Janot. “Ele não tem como afirmar que as doações feitas ao comitê financeiro do PMDB tenham sido feitas porque eu as coloquei lá, ainda mais fruto de benefício indevido. isso é uma afirmação leviana”, disse. Deputados de vários partidos usaram o tempo a que têm direito no colegiado para “absolver” Cunha. Isso inclui os líderes do PSDB, Carlos Sampaio, e do PT, Sibá Machado. Sibá disse não haver provas contra Cunha e enfatizou que falava em nome de sua bancada. “Vossa excelência não perde de maneira alguma a legitimidade de presidir essa Casa”, disse André Moura (SE), líder do PSC. Para os petistas, a postura dócil tem uma razão óbvia: a extensa lista de membros do partido sob suspeita de participação nos desvios não permite que o PT adote um tom acusatório. Já os tucanos enxergam em Eduardo Cunha um eventual aliado em disputas contra o governo. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) perguntou se Cunha abriria mão, de forma voluntária, dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. O presidente da Câmara disse que não ia fazer “bravata”: “Se a comissão entender que deve, ela deve fazê-lo”.

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