quarta-feira, 25 de março de 2015

Arábia Saudita lança ofensiva militar contra o Iêmen


A Arábia Saudita iniciou nesta quarta-feira uma ofensiva militar no Iêmen, lançando ataques aéreos contra o país. A informação foi dada pelo embaixador saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir. "Estamos determinados a proteger o governo legítimo do Iêmen", disse a jornalistas. A operação tem como alvo os rebeldes xiitas houthis, que ampliaram seu domínio sobre a cidade de Aden, no sul do país, onde o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi Hadi tinha se refugiado. E de onde foi obrigado a fugir, de barco, com o avanço dos rebeldes. O embaixador afirmou que a operação vai continuar até que o presidente volte ao poder. "As operações são limitadas a defender o governo e evitar seu colapso", ressaltou. Segundo Jubeir, uma coalizão de dez países, que inclui os aliados do Golfo Árabe, está envolvida nos ataques. Ele disse que as forças militares americanas não estão envolvidas nos ataques, mas os Estados Unidos estão apoiando a operação. Al-Jubeir informou que o governo saudita fez consultas "intensivas aos aliados, em particular aos Estados Unidos". Os houthis têm o apoio do Irã, o que desagrada sua grande rival pela hegemonia na região, a sunita Arábia Saudita. Os rebeldes xiitas também colaboram com forças de segurança leais ao ditador Ali Abdullah Saleh, derrubado do poder em meio às revoltas da "Primavera Árabe". E que agora parece estar orquestrando um retorno. Na verdade, "Primavera Árabe" foi um conjunto de revoltas promovidas por organizações islâmicas terroristas, tendo como mãe a mãe de todas essas organizações, a nazista islâmica Irmandade Muçulmana, do Egito, além de Al Qaeda, Estado Islâmico, e o regime xiita do Irã. É evidente que a Arábia Saudita não toleraria isto em sua fronteira terrestre. O avanço dos rebeldes incluiu nos últimos dias a tomada de uma base aérea militar e ataques aéreos contra a residência presidencial. O colapso do governo de Hadi representa um problema para os Estados Unidos, que têm no país um aliado na luta contra o terrorismo. Em meio à escalada do conflito no país, extremistas sunitas, ligados tanto à Al Qaeda como ao Estado Islâmico, também aumentaram seus ataques, incluindo ações contra os houthis. Na última sexta-feira, a organização terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria de dois ataques suicidas contra mesquitas xiitas na capital Sanaa, que deixaram mais de 135 mortos.  O Iêmen também é a base da célula mais perigosa e ativa da Al Qaeda na atualidade. A Al Qaeda na Península Arábica, de fato, já controla partes do sul do país, longe do alcance tanto do governo de Hadi como dos houthis, como destacou o jornal The New York Times. Junto com a Síria, o Iraque e a Líbia, o Iêmen é mais um país que passa por uma desintegração desde as revoltas de quatro anos atrás. Tudo isso contou com o patrocínio direto do presidente muçulmano dos Estados Unidos, Barack Obama, o sujeito que mais comprometeu a cultura democrática ocidental nos últimos tempos. 

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