segunda-feira, 16 de março de 2015

China vira o terceiro maior exportador mundial de armas


Superando de uma só tacada Alemanha e França, a China passou de quinta para a terceira posição no ranking de maiores exportadores de armas no mundo, de acordo com os números publicados nesta segunda-feira pelo International Peace Research Institute. Com base no período 2010-2014, os números apontam que, no mercado de armas, "os Estados Unidos estão claramente na liderança" (31% das exportações), à frente da Rússia (27%). Os três países seguintes aparecem bem atrás, com cerca de 5% das exportações cada um. De acordo com o instituto, "a França teria ficado em terceiro", se tivesse entregue, no final de 2014, um navio do tipo Mistral à Rússia. A entrega foi cancelada, devido ao conflito no leste da Ucrânia. Três países asiáticos recebem mais de dois terços das exportações de armamento chinês: Paquistão (41% do total), Bangladesh e Mianmar. No intervalo descrito no relatório do instituto, Pequim também negociou com dezoito países africanos. No caso da Rússia, o principal comprador é a Índia, que compra 70% dos seus armamentos dos russos. Os Estados Unidos têm a clientela mais diversificada. O primeiro importador de armas americanas, a Coréia do Sul, representa apenas 9% do total. Já a França vende, principalmente, para Marrocos (18%) e China (14%). O instituto considera ainda que os "esforços franceses para aumentar suas exportações de armas" foram coroados com o contrato firmado com o Egito em fevereiro passado. Entre os dez primeiros exportadores mundiais, China (que aumentou suas vendas no Exterior em 143%, em comparação com os cinco anos precedentes), Ucrânia e Rússia foram os que registraram o maior crescimento, enquanto as vendas de França e Alemanha diminuíram. Em relação às importações, a Índia, com 15% do mercado, está muito à frente do segundo e terceiro país, Arábia Saudita e China (5% cada um). O relatório quinquenal apontou ainda que o volume do comércio mundial de armas aumentou 16% nesses últimos cinco anos, comparativamente ao período 2005-2009. Embora esteja em alta há cerca de dez anos, o volume de armamento comercializado no mundo continua sendo um terço inferior ao topo atingido depois da II Guerra Mundial, alcançado no início dos anos 1980, no ápice da corrida armamentista nuclear desencadeada pela Guerra Fria.

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