terça-feira, 24 de março de 2015

Com crise, presidente do PT quer que sigla reate com movimentos sociais

No momento em que o partido enfrenta uma das maiores crises de sua história, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu nesta terça-feira (24) que a sigla reate com setores da sociedade que deram sustentação à fundação da legenda, em 1980. Em texto no qual prega a renovação da sigla, o dirigente da legenda ressalta que, diante do atual quadro, é necessário a reaproximação com a juventude, com intelectuais e com movimentos sociais. "Todos inicialmente representados em nossas instâncias e, hoje, alheios, indiferentes ou até hostis, em virtude de alguns erros cometidos nessa trajetória de quase 35 anos", reconheceu. Em documento, no qual convoca a militância petista para o 5º Congresso Nacional do PT, o petista observa que a sigla não pode "encerrar-se em si mesmo", em uma "rigidez conservadora" que dificulta a atração de novos filiados ou apoiadores. "A conquista de votos não tem se misturado à luta de massas, de tal sorte que se possam criar condições de construir uma força política organizada e estável, um verdadeiro bloco histórico capaz de inverter a correlação desfavorável na sociedade e de impulsionar mudanças estruturais", avaliou. O dirigente da sigla defende ainda que o partido combata o "pragmatismo exagerado", "pratique a política do cotidiano" e que não se organize nas ruas somente "a cada dois anos", durante as eleições municipais e gerais. "Para além das alianças partidárias e da necessária sustentação do governo de Dilma Rousseff (PT), é vital ampliar a governabilidade meramente institucional e estendê-la à sociedade, levando às ruas a defesa do programa vencedor, organizando a população para defender nosso projeto", disse. No texto, Rui Falcão acusou a oposição ao governo federal de "flertar com o golpismo" e de tentar "fragilizar" a Petrobras. Na avaliação do petista, as forças de oposição não investem contra a empresa estatal para combater a corrupção, mas com o objetivo de "afastar a Petrobras da condição de operadora única do pré-sal". "E, em última instância, forçar a privatização da empresa, como tentaram fazê-lo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso", acusou.

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