quinta-feira, 19 de março de 2015

Deputado do PMDB encaminha requerimento para convocação da mulher do petista Renato Duque para depor na CPI da Petrobras


O deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) informou, nesta quinta-feira, que encaminhou o requerimento pedindo a convocação de Maria Auxiliadora Tiburcio Duque, mulher do ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, o petista Renato Duque. Em depoimento à CPI da Petrobras, Renato Duque manifestou incômodo com a possibilidade de sua mulher ser convocado para depor na comissão e negou que ela tenha tido contato com o ex-presidente e alcaguete Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto (o Gregório Fortunato de Lula X9). Durante a sessão, Perondi apelou para que Duque contasse aos parlamentares o que sabe sobre o esquema de corrupção na Petrobras. "O senhor vai virar o Marcos Valério e vai apodrecer na cadeia. Ouça a dona Elza", disse Perondi, enfatizando que a "casa caiu" para os envolvidos no Mensalão do PT que não fizeram delação premiada. "Entregue quem está acima do senhor", insistiu. Ao responder, o petista Renato Duque corrigiu o deputado: "Dona Elza é minha mãe, não é minha esposa". Mas ela se chama Maria Auxiliadora Tiburcio Duque (na foto, em viagem de turismo à França, em frente ao Louvre, no ano passado).

A sessão foi marcada por um bate-boca entre o delegado Waldir Soares (PSDB-GO) e um grupo de petistas quando o tucano chamou o PT ao falar em "cara de pau". "Gostaria de pedir o seguinte, pedir para quem tem estabelecimento comercial aqui em Brasília mandar óleo de peroba para passar na cara dos deputados do PT. Dois, aparelho auditivo porque eles não querem escutar as vozes das ruas", afirmou o delegado. Os petistas se levantaram com dedos em riste e os microfones foram cortados. "Tira o dedo! Abaixa o dedo", retrucou o tucano aos gritos. Entre as poucas respostas que deu aos membros da CPI da Petrobras, o petista Renato Duque disse que não conhece o doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na empresa. Indagado pelo tucano Otávio Leite (RJ) se conhecia ou não o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Renato Duque voltou a dizer que permaneceria calado.

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