domingo, 8 de março de 2015

Deputado federal Jerônimo Goergen, do PP, envolvido no Petrolão, resolve reagir

Neste domingo, o deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP) enviou nota ao jornalista Políbio Braga, na qual confronta as acusações feitas pelo doleiro Alberto Youssef, que resultaram na inclusão de seu nome na lista entregue pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal. Diz assim: "O momento me obriga a fazer alguns esclarecimentos. Muitas pessoas opinam se devo ou não falar. Eu sinto que devo e queria comunicar aos meus companheiros gaúchos do Partido Progressista o que comuniquei ao presidente Celso Bernardi. Tomei a decisão de me licenciar do Diretório Estadual, para que eu possa prestar todas as informações necessárias quanto ao episódio. Pela coerência política que me é peculiar serei o primeiro a agir. Não posso deixar de falar também que me surpreendeu o fato de que meu nome foi citado somente em 12/02, num processo longo que chegava ao seu final. E justamente no momento em que travei embates e debates internos com o governo. O doleiro cita que o dinheiro ia para líderes de três grupos, dos quais eu nem deputado federal era. Repito. Os deputados José Janene, João Pizzolatti, Mário Negomonte e Pedro Henry foram líderes da bancada do PP antes de eu ser deputado. E Nelson Meurer derrubamos em maio de 2011, no início do meu primeiro mandato. E meu nome surge na Lava Jato dia 12 de fevereiro de 2015. Agora no fim. Outro absurdo é que quando há citação de meu nome houve um movimento do líder Pedro Henry para obstruir votação e garantir nomeações na Petrobras. Nesse momento também exercia mandato de deputado federal. Mas o que mais me intriga foram as matérias jornalísticas dizendo que o Palácio do Planalto confirmou alguns nomes que viriam na lista, caso do presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha. Como o governo já sabia antes? Farei tudo para provar minha inocência e trabalharei mais duro ainda para destruir essa conspiração. Estarei à disposição da Justiça e da CPI da Petrobras para prestar todas as informações necessárias. Sou, inclusive, um dos signatários desta Comissão Parlamentar de Inquérito". O parlamentar avisa também que nesta segunda-feira, às 10 horas, dará uma entrevista coletiva em Porto Alegre. Jerônimo Goerger reage fortemente às acusações que está sofrendo também porque é pré-candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 2018, conforme revelou em entrevista para Videversus dois anos atrás. 

Nenhum comentário: