terça-feira, 17 de março de 2015

Nota da Sete Brasil é reduzida novamente pela agência S&P

A agência Standard & Poor's rebaixou novamente a nota de crédito da Sete Brasil, principal parceira da Petrobras na exploração do pré-sal. A nota da empresa passou de BB- para B- –ambas estão no grau especulativo, ou seja, em que o risco de calote é considerado maior. Em fevereiro, a S&P já havia rebaixado a nota da Sete Brasil. Segundo a Standard & Poor's, a decisão é consequência das dificuldades da Sete de garantir financiamentos de longo prazo. "Os bancos têm restringido financiamentos em função do maior escrutínio e das condições mais restritivas para financiar fornecedores da Petrobras , tais como a Sete, tendo-se em vista as atuais investigações sobre corrupção na Petrobras. Com medo da Operação Lava Jato, o BNDES não quer mais financiar diretamente a Sete Brasil e pretende repassar o risco da operação para as instituições financeiras que já são credores da companhia. Em vez de emprestar US$ 9 bilhões diretamente à Sete, como prometeu quando o projeto foi criado, o BNDES agora pretende transferir esses recursos aos bancos para que eles financiem a companhia. Assim, se o empreendimento fracassar, a perda ficará com os bancos. Uma das apostas mais ambiciosas do governo da presidente Dilma Rousseff, a Sete foi criada em 2011 pela Petrobras para construir e depois alugar 28 sondas de perfuração para a Petrobras. Orçado em US$ 25 bilhões, o empreendimento atraiu sócios de peso: Bradesco, BTG Pactual, Santander, FI-FGTS, Previ e Funcef, os fundos de pensão do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que já investiram R$ 8,3 bilhões. Com a demora do BNDES, a Sete vem atrasando pagamentos há cinco meses, comprometendo a construção das sondas. Os atrasos somam US$ 900 milhões.

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