quarta-feira, 25 de março de 2015

PRESOS DA MÁFIA DO LIXO GAÚCHA SÃO VIZINHOS DE TRAFICANTES DA QUADRILHA DE XANDI NO PRESÍDIO DE OSÓRIO; UM DEPUTADO ESTADUAL E OUTRO FEDERAL FORAM DENUNCIADOS NA MÁFIA DO LIXO GAÚCHA

Os seis presos na operação do Ministério Público que desbaratou parte da Máfia do Lixo no Rio Grande do Sul são "hóspedes" do presídio de Osório, no litoral norte do Estado, e dividem a mesma ala com os presos da quadrilha do traficante Xandi, que foi executado por concorrente, em fevereiro, em Tramandaí. As família dos empresários lixeiros, todos sem curso universitário, estão muito apreensivas. Todos os seis presos estão com prisão preventiva decretada. E o juiz de Torres, onde corre o processo, tem recusado os pedidos de soltura, por recomendação do Ministério Público Estadual. Aliás, os promotores do Ministério Público estão à espera de delações premiadas. Essa operação já deu de cara com denúncias muito sérias contra um deputado estadual e seu chefe de gabinete, e contra um deputado federal gaúcho. Certamente, o juiz de Torres, ao se deparar com as citações explícitas e tremendamente comprometedoras contra estas autoridades detentoras de prerrogativa de foro especial deve ter encaminhado os casos para as esferas adequadas. Ou seja, no caso do deputado estadual e de seu chefe de gabinete, a denúncia deve ter sido encaminhada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, para a abertura de processo com vistas ao pedido de autorização para a investigação dos mesmos; e no caso do deputado federal, envio das acusações para o Supremo Tribunal Federal, para autorização de investigação, a ser conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Ou seja, desse modo, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal entram, finalmente, na investigação da atuação da Máfia do Lixo no Rio Grande do Sul. Essa máfia é dirigida e controlada por poderoso grupo empresarial multinacional que ainda não apareceu explicitamente nesta operação do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul. Esse grupo está muito envolvido na Operação Lava Jato. O deputado federal é acusado de haver recebido propina do lixo para financiamento de sua última campanha eleitoral pelo esquema do lixo, tudo pelo caixa 2, sem registro legal. Por enquanto, há 17 cidades envolvidas no escândalo da Máfia do Lixo, que controlava licitações e contratos emergenciais de maneira fraudulenta. Essas fraudes atingem os contratos de coleta de lixo em Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Gravataí, Lajeado e Rio Grande, todos controlados pelas empresas Mecanicapina e/ou W. K Borges, ambas pertencentes ao mesmo dono, Claudiar Kras Borges (na foto). Obrigatoriamente, as administrações destas cidades devem estar sendo investigadas no processo da Máfia do Lixo no Rio Grande do Sul.

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