quinta-feira, 5 de março de 2015

PROCURADORES PEGAM PROVA DE DEPÓSITO DE DINHEIRO SUJO NA CONTA DA MULHER DE VACCARI, O TESOUREIRO DO PT, QUE AINDA CONTINUA SOLTO


Nas listas que circularam até agora, o nome do tesoureiro nacional do PT não aparece, embora se saiba que ele não escapará das mãos do Ministério Público Federal. Apesar de tudo, João Vaccari Neto ainda não foi para a cadeia. Mas pela primeira vez na Operação Lava Jato, as autoridades que investigam o caso obtiveram comprovantes de transações bancárias que ligam o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a suspeitos de operar no esquema de corrupção na Petrobras. Este novo Mensalão, o Mensalão II, é novamente chefiado por Lula, mas desta vez também por Dilma. Todos estão sendo poupados até o momento, enquanto personagens marginais são punidos. A reportagem é da Folha de hoje. Leia: 
A força-tarefa da Lava Jato apura se duas operações de recebimento e envio de R$ 400 mil em 2008 e 2009 com o uso de uma conta da mulher de Vaccari tiveram ligação com o suposto pagamento de propina pela Toshiba em negócios com a Petrobras. O dinheiro foi movimentado a partir de uma conta de uma empresa controlada pelo empresário Cláudio Mente, que, segundo o doleiro Alberto Youssef, operava o pagamento de subornos na estatal de petróleo. Vaccari afirma que as transações resultaram de um empréstimo concedido a ele por Mente, seu amigo, para a aquisição de uma casa. Os documentos fazem parte de um inquérito aberto em janeiro para investigar se a Toshiba repassou duas parcelas de propina a Vaccari, no valor de R$ 400 mil cada uma, entre 2009 e 2010, para o fechamento de um contrato no valor de R$ 117 milhões com a Petrobras para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Essa suspeita surgiu após Youssef apontar a realização desse crime em um dos depoimentos de sua delação premiada na Lava Jato. Nessa investigação foi anexado o depoimento do advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef e gestor da empresa de Mente, a Comércio de Produtos Agropecuários, que tem o nome fantasia de CRA (Centro de Reproduções das Américas). Em fevereiro, Paulo Roberto Costa afirmou à Policia Federal ter providenciado uma remessa de R$ 400 mil de uma conta da CRA para uma conta de Giselda Rousie de Lima, mulher de Vaccari, em novembro de 2008. O advogado relatou que elaborou um contrato de empréstimo para justificar a transferência, mas que a CRA nunca emprestou dinheiro. De acordo com Paulo Roberto Costa, o contrato de novembro de 2008 e um termo de quitação do empréstimo, com data de 29 de dezembro de 2009, foram elaborados no mesmo dia, o que era comum na empresa para "esquentar" transações financeiras. O advogado entregou à Polícia Federal o comprovante da transferência para Vaccari em 2008 e também um extrato que aponta uma remessa de R$ 400 mil da conta do atual tesoureiro do PT para a conta da CRA no dia 22 de dezembro de 2009. À época, Vaccari presidia a Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O Ministério Público move ação penal em que acusa Vaccari de ter desviado valores da entidade para o PT – o que ele nega. Vaccari assumiu a tesouraria do PT em 2010. Em depoimentos prestados em fevereiro à força-tarefa da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa e Youssef apontaram que Mente operava o pagamento de propinas para empreiteiras. A Polícia Federal agora vai buscar o depoimento de executivos da Toshiba para aprofundar as investigações

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