sábado, 25 de abril de 2015

A Justiça, a vingança, a sobrevivência

De acordo com o que um dos assessores de Léo Pinheiro disse à Veja, "a única coisa que impediu o Léo até agora de colaborar com a Justiça é a perspectiva de sua libertação, que alguns advogados asseguram que vai ocorrer em breve". É o mesmo caso de Ricardo Pessoa, da UTC, que também mandou recados por meio da revista. Ambos os presos contam, na verdade, é com a impunidade promovida pela Justiça brasileira, quando os réus são poderosos. Léo Pinheiro e Ricardo Pessoa estão certos de que:
a) Se não fizerem delação premiada, serão em breve soltos por habeas corpus expedidos pelos "garantistas" e petistas do STF
b) Uma vez processados e condenados, poderão recorrer tantas vezes em liberdade, que demorará pelo menos uma uma década para serem sentenciados em definitivo -- e provavelmente ficarão na cadeia por muito pouco tempo
c) Se vingarem os acordos de leniência espúrios que a Controladoria-Geral da União quer firmar com as empreiteiras do petrolão, eles terão garantidos o dinheiro que lhes permitirá continuarem a viver como nababos
O juiz Sergio Moro vem alertando sobre os absurdos da Justiça brasileira nos seus artigos e despachos. É atacado sistematicamente, inclusive por jornalistas. Precisamos cerrar fileiras com ele e os procuradores da Lava Jato, porque esse bravo pessoal de Curitiba está do lado do país que trabalha, estuda, paga impostos e quer uma nação digna para todos. Pressionemos para eles possam apertar ainda mais o torniquete e implodir boa parte do sistema de compra e venda instaurado no meio político e empresarial. A Veja apela para Léo Pinheiro consultar a sua consciência e partir para a delação premiada. O Antagonista prefere aconselhar Léo Pinheiro a ser vingativo e fazer a delação premiada. A OAS está quebrando e o dono e fundador da empreiteira, César Mata Pires, não se conforma com o fato de a Odebrecht não ter tido ninguém preso até agora. Vingue-se em nome do seu patrão, Léo Pinheiro. Foi ele, e não Lula, quem lhe proporcionou tudo o que tem e ainda pode manter. Quanto a você, César Mata Pires, preocupado com os seus herdeiros, o melhor a fazer é apostar na depuração imediata da OAS, porque, como a sociedade está muito à frente da Justiça e dos políticos, uma empresa que não purga os pecados terá chance zero de sobreviver a longo prazo, inclusive por pressão internacional num mundo cada vez mais globalizado. Os acordos de leniência podem até dar refrigério, mas ele será momentâneo. (O Antagonista)

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