sexta-feira, 24 de abril de 2015

Bandido petista mensaleiro José Dirceu fecha consultoria que recebeu dinheiro de empresas envolvidas na Lava-Jato


O ex-ministro da Casa Civil, o bandido petista mensaleiro José Dirceu, comunicou o juiz Sérgio Moro que encerrou as atividades da JD Assessoria e Consultoria Ltda, de sua propriedade e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Desde dezembro de 2014, a empresa já estaria inoperante, segundo correspondência encaminhada ao juiz por seu advogado Roberto Podval. A JD faturou de 2006 a 2012 um total de R$ 29 milhões em serviços pagos por mais de 50 empresas, entre elas empreiteiras que estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato. Essas construtoras pagaram R$ 3,7 milhões à JD. A suspeita é de que a JD jamais tenha prestado serviços de consultoria e que os recibos sejam uma fachada para encobrir repasses de dinheiro desviado da Petrobras. Por essa razão, a Justiça decretou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da empresa do ex-ministro. Na correspondência enviada ao juiz Moro, o advogado de Dirceu diz que a JD já demitiu todos os funcionários, à exceção de um, que fica no imóvel da avenida Indianópolis para a coleta de correspondência e para mostrar o imóvel a eventuais interessados na compra ou aluguel do prédio. A empresa tinha 15 funcionários em 2013, que foram reduzidos para 8 em 2014. O bandido petista mensaleiro José Dirceu também desligou todos os telefones e informa que não tem mais nenhum crédito a receber. Podval informa ainda que José Dirceu se coloca à disposição de Moro para eventuais esclarecimentos, mas pede que o juiz o informe com certa antecedência, para que ele possa solicitar ao juiz de Brasília deslocamentos para Curitiba, já que ele cumpre pena em regime aberto no Distrito Federal por conta do mensalão e não pode deixar a cidade sem ordem expressa do juiz federal. Depois que saiu do governo, o bandido petista mensaleiro José Dirceu planejou viver de palestras. Mas, diante da repercussão negativa na imprensa dos eventos que fazia passou a atuar no mercado com a JD Assessoria e Consultoria. A função de Dirceu, segundo pessoas próximas, seria “abrir portas”, o que incluiria a intermediação de encontros entre autoridades estrangeiras e empresas brasileiras que pretendiam fazer negócio no exterior. Costumava fazer levantamentos de conjuntura política, jurídica e econômica dos países em que os empresários pretendiam investir. Para construir relações no Exterior, o ex-ministro se utilizava de suas antigas relações do período de militância de esquerda. Para a UTC Engenharia, José Dirceu teria prospectado negócios na Espanha e no Peru. Já OAS e Galvão Engenharia tinham interesses em países da América Latina. A empresa de José Dirceu abriu uma filial no Panamá no mesmo endereço da Truston International, proprietária do hotel St. Peter, de Brasília, que lhe ofereceu um emprego de R$ 20 mil em novembro, dez dias após ser preso, condenado no processo do mensalão. JD Assessoria e Consultoria fez o registro da filial em 2008 no escritório da Morgan & Morgan, que tem sede no paraíso fiscal e é conhecido por disponibilizar testas de ferro para abertura de empresas estrangeiras. A filial foi aberta três anos depois de Dirceu ter saído do governo em meio ao escândalo do mensalão. Ao abrir a filial panamenha, o ex-ministro fez um aporte em dinheiro de R$ 90 mil para aumentar o capital da JD de R$ 5 mil para R$ 100 mil. 

Um comentário:

Cavallier Bus disse...

Se petralha gosta tanto de gente pobre, porque ele não alugou uma salinha no bairro Jardim Ângela?