quarta-feira, 22 de abril de 2015

Brasil quer incentivar empresas a participarem de privatização da TAP

O governo brasileiro está incentivando empresas brasileiras a participarem na privatização da TAP-Air Portugal, já que a companhia aérea portuguesa contribuiu para o turismo entre os dois países, disse o vice-presidente Michel Temer. Portugal quer privatizar a TAP ainda neste semestre, e os interessados têm até dia 15 de maio para apresentar propostas vinculantes. "No caso do Brasil nós temos, naturalmente, incentivado as empresas brasileiras a participarem nesta privatização," afirmou Temer após uma reunião em Lisboa com o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas. Temer disse que tem falado do assunto com empresas que têm forte presença no Brasil, e citou Gol, a Azul, a Avianca e a TAM, do grupo Latam. "Esta é uma questão privada, mas o objetivo é este: se as empresas brasileiras puderem participar na TAP, sentir-se-ão em casa" disse Temer. "Já há uma integração extraordinária entre a aviação portuguesa e o turismo, porque isto naturalmente incrementa o turismo de parte a parte, do Brasil e de Portugal", ressaltou. Esta é a segunda tentativa de privatização da TAP. Em 2012, o governo português recusou a única proposta de compra, feita pela Synergy do magnata sul-americano German Efromovich que controla a Avianca, tendo depois disso outros operadores mostrado interesse. Em novembro de 2014, o governo português decidiu relançar o processo de privatização, visando a venda de 66% da TAP, sendo 5% reservados aos trabalhadores. Os 34% restantes devem permanecer em poder do Estado. "A única coisa que eu posso dizer é que a TAP é uma grande marca. É uma das maiores companhias aéreas europeias a voar para a America Latina, tem cerca de 80 vôos semanais para diferentes cidades brasileiras", disse o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas. A TAP teve um prejuízo de 46 milhões de euros em 2014, face ao lucro de 34 milhões de euros em 2013, penalizada por problemas operacionais, incluindo 22 dias de greve e atrasos na entrada em operação de aviões.

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