terça-feira, 21 de abril de 2015

CAMINHONEIROS PODERÃO PARAR O BRASIL NOVAMENTE NESTA QUINTA-FEIRA

Os caminhoneiros vão parar novamente o Brasil neste dia 23 (quinta-feira) caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo petista. Nesta terça-feira (21) terminou o prazo pedido pelo governo para um entendimento com o setor de cargas e conceder a principal exigência dos caminhoneiros - a tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Os representantes da categoria alertam para o risco de paralisação geral, caso não seja fechado acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o trotskista petista gaúcho Miguel Rossetto, na reunião prevista para esta quarta-feira. Para o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), relator da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento dos caminhoneiros, a situação econômica do País em relação ao transporte de cargas piorou nestas últimas semanas: "Se não houver resposta aos pedidos, eles vão parar no dia 23. Será um problema enorme para a economia do Brasil". Osmar Terra aponta que, com a diminuição da demanda de frete, a crise se tornou mais grave. A única coisa que salva é a safra de grãos, mantendo minimamente viável o transporte de cargas. Mas, em poucas semanas, também irá terminar. Então, a crise voltará com mais força, pois o governo, até agora, não tomou nenhuma medida concreta para ajudar a resolver as questões dos caminhoneiros e permitir que enfrentem suas dificuldades. Segundo o parlamentar, o governo já deveria ter anunciado a abertura do crédito especial de R$ 50 mil com juros de 2% ao ano destinado aos caminhoneiros autônomos. Medida que, segundo ele, daria “fôlego” para os trabalhadores pagarem as dívidas em um contexto econômico desfavorável, com o aumento do diesel e queda no preço dos fretes. Terra reclama que o caminhoneiro tem que pagar para andar, o frete não vale a viagem, o custo que tem não compensa sair de casa e o frete é baixo: " Precisamos de respostas que ajudem não só a enfrentar e melhorar as condições de frete, como a diminuir os custos dos caminhoneiros. Enquanto o governo não enfrentar as questões do óleo diesel, nem permitir um crédito especial para rolar suas dívidas, ou oficializar o prazo de carência dos empréstimos e não tiver o preço mínimo de frete, vamos ter muita dificuldade de convencer a categoria a continuar trabalhando como se nada estivesse acontecendo".

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