terça-feira, 21 de abril de 2015

Em depoimento à Polícia Federal, cunhada de Vaccari nega crime

Presa na Operação Lava Jato, a cunhada de João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT, Marice Corrêa de Lima prestou depoimento na tarde de segunda-feira (20) à Polícia Federal, e negou qualquer tipo de participação no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. A cunhada de Vaccari, presa desde sexta-feira (17), é suspeita de ser uma emissária do ex-tesoureiro e de ter participação nos desvios da Petrobras. A movimentação financeira dela foi considerada incompatível com sua renda, e há registro de uma entrega de dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef a Marice. Em duas horas de depoimento, Marice sustentou que seu patrimônio teve origem lícita, e afirmou que todos os seus bens estão declarados no Imposto de Renda, segundo o advogado Claudio Pimentel. Ela também negou ter recebido valores de Youssef. "Não é verdade, não aconteceu", disse Pimentel na saída do depoimento. A cunhada de Vaccari também justificou a demora de dois dias para que se apresentasse à Polícia Federal a fim de cumprir a ordem de prisão – o que levantou a hipótese, entre os investigadores, de que ela estivesse ocultando provas ou transferindo dinheiro no Exterior. Marice disse que estava no Panamá para participar do Fórum Sindical das Américas. Ela ocupa o cargo de coordenadora financeira da CSA (Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas). A entidade confirma sua participação no congresso. O evento ocorreu no dia 9 de abril, mas Marice viajou antes, no dia 5. Encerrado o fórum, ela permaneceu no Panamá, de férias –concedidas a partir do dia 13. A prisão temporária da investigada vence nesta terça (21). O juiz Sergio Moro, que conduz o caso na Justiça Federal do Paraná, deve decidir ainda no feriado se a liberta ou se converte sua prisão para preventiva (sem data para saída).

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