sexta-feira, 24 de abril de 2015

Itamaraty reforça pedido de clemência contra execução de traficante brasileiro

O Itamaraty segue tentando, junto ao governo indonésio, evitar a execução do traficante brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos. O encarregado de negócios indonésio em Brasília, Mochammad Rizki Safary, foi convocado pelo Itamaraty para uma conversa na tarde desta sexta-feira (24). A defesa do brasileiro também disse que entrará, na segunda-feira (27), com um outro recurso para evitar a execução, desta vez sob o argumento de que o brasileiro sofre de esquizofrenia e que, por isso, não pode ser executado. Gularte foi condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas. Na Indonésia, a execução se dá por fuzilamento. O subsecretário para comunidades brasileiras no Exterior, Carlos Alberto Simas Magalhães, reforçou o pedido de clemência feito anteriormente pela presidente Dilma Rousseff, destacando razões humanitárias e o estado de saúde de Gularte. O diplomata indonésio disse apenas que transmitiria o pedido a Jacarta. O encarregado de negócios do Brasil no país, Leonardo Carvalho Monteiro, que já está em Cilacap, também manteve conversas com diplomatas indonésios nesta sexta-feira, pedindo que a vida de Gularte seja poupada. Não há previsão, no entanto, de que a presidente Dilma procure mais uma vez, por telefonema ou carta, o colega indonésio, Joko Widodo, para interceder por Gularte. O pedido de clemência feito a Widodo por Dilma no início do ano já era em nome de Gularte e de outro brasileiro, Marco Archer, que foi executado em 18 de janeiro. O sentimento no governo brasileiro, desde a recusa indonésia à clemência e a morte de Archer, é de que não há disposição por parte de Widodo para revogar a decisão. No entanto, se houver algum sinal de abertura do lado indonésio até a próxima terça-feira (28), um contato entre Dilma e Widodo não está descartado.

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