terça-feira, 14 de abril de 2015

Parabéns, petezada! O mundo cresce, mas Banânia decresce

Sabem como é, companheiros… Banânia, sob os cuidados dos nossos bravos soldados do amanhã, insiste em desafiar o mundo. O FMI faz uma previsão otimista sobre o crescimento global no ano que vem: 3,8% — até outro dia, a previsão estava em 3,7%. Para este ano, manteve os 3,5%. A presidente Dilma Rousseff gosta de atribuir as dificuldades do Brasil ao cenário internacional inóspito. Pois é… Os EUA devem crescer acima de 3% neste ano e no seguinte. Será que a economia servirá para esconder as bobagens de Barack Obama na política global? Sigamos. Sim, o Brasil está no mundo, mas na pior parte. A economia, segundo o FMI, regride 1% neste ano — na previsão anterior, falava-se em crescimento de 0,3% — e deve se expandir apenas 0,5% em 2016. Pior do que Banânia, nos números, só a Rússia do celerado Vladimir Putin: recessão de 3,8% agora e de 1,1% em 2016. A queda no preço do petróleo tem seu peso, mas o ponto é outro: o que pesa ali são as incertezas geradas pelas barbaridades do czar de meia-tigela na Ucrânia e as consequências já de sanções econômicas. A China fica a meio pau para seus padrões: expansão de 6,3% — e essa é uma má notícia adicional para o Brasil. O país vai ser superado pela Índia, com 7,5%. Aliás, o glorioso ciclo de populismo vagabundo na América Latina está mostrando do que o subcontinente é capaz. Se o mundo cresce 3,8%, a região vai se expandir apenas 0,9%, índice puxado para baixo pelas recessões de Brasil, Argentina e Venezuela. Ah, sim: o FMI também vê um cenário ruim para a inflação no Brasil: 7,5% agora e 5,9% no ano que vem, o que implica juros altos e crédito contraído, o que ajuda a explicar o baixo crescimento. É tudo comovente. Não pensem que é preciso ser pouco incompetente para produzir tal resultado. É preciso haver certo fanatismo da ruindade. Por Reinaldo Azevedo

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