sexta-feira, 10 de abril de 2015

Paulo Roberto Costa muda delação e nega sobrepreço em obras da Petrobras

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da estatal investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas. A nova versão está em petição apresentada nesta quinta-feira (9) à Justiça. Em depoimento em 2 de setembro de 2014, ele dizia que "empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos". Agora ele diz que os valores entregues aos partidos "eram retirados da margem (de lucro) das empresas". Na sequência, afirma: "Não se pode dizer que houve sobrepreço". De acordo com essa nova versão, que coincide com a das empreiteiras, a Petrobras não teria pago a mais pelas obras. As empresas dizem que foram achacadas. A delação de Paulo Roberto Costa foi homologada pelo Supremo em setembro de 2014. Ele poderá perder benefícios caso a Justiça constate que houve rompimento do acordo. A acusação de que obras tinham sobrepreço está na denúncia apresentada em março pelos procuradores. Paulo Roberto Costa já foi preso duas vezes sob acusação de comandar o esquema de propinas na diretoria de Abastecimento, que ocupou entre 2004 e 2012, o qual beneficiava o PP, PMDB e PT. Ele cumpre prisão domiciliar desde setembro. Sua defesa dá um exemplo hipotético de que não teria havido superfaturamento: "Se uma empresa oferecia uma proposta 15% acima do orçamento básico e repassava os 3%, ela ficava com lucro de 12%; no caso de não repasse ficaria com um lucro de 15%". Paulo Roberto Costa diz que a ex-presidente da Petrobras, a petista Graça Foster, atuou em duas obras em que houve participação do cartel quando era diretora de gás (2007 a 2012). São os gasodutos de Pilar-Ipojuca (PE) e Urucu-Coari (AM). A petição aponta que Renato Duque, ex-diretor de Serviços, preso, também foi responsável pelos gasodutos. Para os procuradores, a propina nessas duas obras e na refinaria Presidente Vargas (PR) foi de R$ 136,1 milhões. Paulo Roberto Costa nega que ele e o doleiro Alberto Youssef recebessem uma lista com as obras e as empresas que seriam vencedoras de cada licitação. "Isso nunca aconteceu", diz o advogado João Mestieri. Pelo acordo, Paulo Roberto Costa ficará um ano em prisão domiciliar com tornozeleira e sua pena poderá variar de um a dois anos em regime semiaberto. Mestieri, que na nova petição pede perdão judicial a Paulo Roberto Costa, refuta que seu cliente tenha mudado a versão sobre o preço das obras. "Não é uma mudança da delação", diz ele. "Isso não foi bem explicado antes", completou. O advogado do petista Renato Duque, Alexandre Lopes, diz que seu cliente não participou de nenhum ilicitude.

2 comentários:

Cavallier Bus disse...

ESSE CRETINO MERECE A ETERNIDADE NA CADEIA.

DEPOIS DE TUDO, AGORA INVERTE... NA DELAÇÃO PREMIADA SÓ VALE A PRIMEIRA AFIRMAÇÃO. A SEGUNDA COMPROVARÁ QUE O CARA É UM VAGABUNDO. LULA SOLTO E ELE PRESO. IDIOTA.

Politica sem Medo disse...

Como assim nao eram superfaturadas? E ele pensa que acreditamos que os empresarios iriam arcar com as propinas se nao superfaturassem? Estou achando que o Paulo Roberto Costa esta pensando que vai continuar livre se comecar a desdizer o que falou em Delacao Premiada? Azar o dele que mofara na cadeia. Agora nao adianta tirar o traseiro da seringa.