sexta-feira, 10 de abril de 2015

Polícia Federal prende ex-deputados federais André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa na Operação Lava-Jato

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a 11ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “A Origem”. Os ex-deputados federais André Vargas (PT-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) estão entre os presos, de acordo com a TV Globo. Assessores dos dois políticos também foram detidos. Todos serão levados para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Vargas e Argôlo foram os primeiros parlamentares flagrados pela Polícia Federal em conversas nebulosas com o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do petrolão, a partir de interceptações telefônicas autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A pedido da PF, Moro decretou o sequestro de um imóvel de alto padrão em Londrina. Cerca de oitenta policiais federais foram mobilizados para cumprir 32 mandados da Justiça Federal: sete de prisão, nove de condução coercitiva e dezesseis de busca e apreensão no Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.Além das fraudes na Petrobras, esta fase da Lava Jato tem como alvo acusados de desvios em outros órgãos públicos federais, segundo a Polícia Federal. Os investigadores já haviam encontrado indícios de que André Vargas tinha se associado a Youssef para fazer lobby no Ministério da Saúde, em prol do laboratório Labogen, que firmava um convênio avaliado em cerca de 135 milhões de reais com um laboratório da Marinha. Em uma mensagem de aplicativo Blackberry, Youssef disse a Vargas, que fazia lobby no ministério: “Você vai ver o quanto isso vai valer, tua independência financeira. E nossa também, é claro”. A nova fase da Lava Jato foi deflagrada após o Supremo Tribunal Federal remeter à primeira instância inquéritos que tramitavam na corte por envolver suspeitos com foro privilegiado. As investigações apuram os crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência que teriam sido praticados por três grupos de ex-agentes políticos.

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