sexta-feira, 24 de abril de 2015

PRESO NA LAVA JATO, ALMADA É INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO


Preso na Lava Jato desde novembro do ano passado acusado de participar do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras, o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, também entrou na mira do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que conduz duas investigações contra o executivo por suspeitas de corrupção. As investigações da promotoria gaúcha correm em sigilo, mas o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato, autorizou que os promotores do Ministério Público estadual tomem o depoimento do executivo na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso. Não é a primeira vez que promotores de outros Estados, que não o Paraná, pedem apoio ao juiz Sérgio Moro para apurar eventuais irregularidades envolvendo os réus investigados na Lava Jato. Em março, o magistrado acatou ao pedido do Ministério Público de São Paulo e autorizou o compartilhamento de provas da suposta atuação do doleiro Alberto Youssef em obras da Linha 15 - Prata do Monotrilho de São Paulo com o Ministério Público estadual, que abriu um inquérito para investigar o empreendimento. Na Lava Jato, Almada é acusado de participar do cartel de empreiteiras que atuava nas licitações da Petrobras e pagava propinas nas diretorias da estatal que seriam utilizadas, segundo as investigações, para abastecer o caixa de partidos políticos. Ele é réu por formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro e uma das cinco ações penais propostas contra os executivos envolvidos no esquema. Segundo o Ministério Público Federal, a diretoria de Abastecimento, sob comando de Paulo Roberto Costa até 2012, era responsável por destinar recursos aos parlamentares do PP, partido que o indicou. Já a Diretoria de Serviços, comandada pelo indicado do PT, Renato Duque, até 2012, segundo os procuradores da Lava Jato, recolhia propinas para o Partido dos Trabalhadores por meio de vários operadores, dentre eles, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro da sigla e que também foi preso na Lava Jato. 

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