quarta-feira, 1 de abril de 2015

Setor público tem déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro

O setor público brasileiro (governo federal, Estados, municípios e estatais federais) registrou déficit primário de 2,3 bilhões de reais em fevereiro, informou o Banco Central nesta terça-feira. O resultado, puxado por um forte resultado negativo do governo central foi pior que o esperado por analistas, cuja mediana apontava saldo positivo de 1,5 bilhão de reais. O resultado primário negativo de fevereiro foi composto por déficits primários de 6,671 bilhões de reais do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social) e de 828 milhões de reais de empresas estatais, não integralmente compensados pelo superávit primário de 5,2 bilhões de reais de Estados e municípios. Em 12 meses até fevereiro, o déficit primário ficou em 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB), recorde para as contas públicas. O Banco Central informou ainda que o déficit nominal ficou em 58,63 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública líquida representou 33,76%, considerando a nova metodologia para o cálculo do PIB, abaixo dos 36,6% de janeiro. Já a dívida bruta atingiu 65,5% do PIB ante 64,4% do PIB em janeiro. No bimestre, o resultado acumula um superávit primário de 18,76 bilhões de reais, o equivalente a 2,19% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta de superávit primário de 2015 é de 1,2% do PIB para o setor público consolidado, um alvo considerado ambicioso após o Brasil ter registrado déficit primário de 0,63% do PIB no ano passado e em meio a forte efeito da economia fraca sobre a arrecadação federal. Para atingir o alvo deste ano, o governo adotou um duro ajuste fiscal, que enfrenta resistências no Congresso, baseado em aumento de impostos, restrição de gastos, revisão de desonerações e redução de subsídios. O passo seguinte será o anúncio do contingenciamento de despesas do Orçamento a ser feito nas próximas semanas.

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