sexta-feira, 1 de maio de 2015

Aécio Neves diz: "Este 1º de Maio vai ficar lembrado como o dia da vergonha"


No ato do 1º de Maio promovido pela Força Sindical, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que a presidente Dilma Rousseff não teve coragem de fazer pronunciamento na TV no Dia do Trabalho. Já o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), a chamou de "desgraçada" e puxou coro de "fora, Dilma" em cima do palco. Para Aécio Neves, o dia de hoje será lembrado como o dia de vergonha já que a presidente não se pronunciou na TV, como é de praxe no Dia do Trabalho. "Este 1º de Maio vai ficar lembrado como o dia da vergonha. O dia em que a presidente da República se acovardou e não teve a coragem de olhar nos olhos dos trabalhadores brasileiros", afirmou em discurso feito para os participantes do ato da Força. Antes de subir ao palco, o senador afirmou ainda que a presidente não teve coragem de dizer aos trabalhadores que eles irão pagar o preço do ajuste fiscal. "A presidente se acovardou e não teve coragem de dizer aos trabalhadores que eles vão pagar o preço mais duro desses ajustes. A presidente da República se esconde hoje daqueles que vêm sustentando esse Brasil. A irresponsabilidade do governo do PT faz com que neste 1º de Maio os trabalhadores não tenham absolutamente nada a celebrar", disse a jornalistas. Paulinho afirmou que Dilma trouxe de volta a crise e a inflação. E puxou um coro em referência aos pedidos de impeachment. Antes do início dos discursos, o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), deixou o ato, que aconteceu na zona norte de São Paulo. "Quem quer essa desgraçada fora levanta a mão", gritou o deputado ao grande público presente. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, também endossou o discurso raivoso, pedindo para os presentes contrários às medidas provisórias 664 e 665, que alteram a forma de acesso a pensões por morte e auxílio-desemprego, levantassem a mão. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava presente no palco, mas, constrangido, não levantou a mão. O projeto de lei 4.330, que permite a terceirização para qualquer atividade e é defendido pela Força Sindical, ficou de fora dos discursos no palco da Força.  Antes dos discursos, Aécio Neves afirmou que o PSDB vai pedir a convocação na CPI do presidente da Petrobras, o petista Aldemir Bendine, para esclarecer uma informação publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, sobre a destruição das gravações das reuniões do seu Conselho de Administração, entre elas as que trataram de negócios investigados na Operação Lava-Jato. "A CPI solicitou os áudios, a gravação das reuniões do Conselho de Administração, para que possamos entender quem foram os responsáveis pelo crime cometido pela companhia numa operação que lesou a Petrobras. Se isso se confirmar, teremos que proceder do ponto de vista judicial para punir aqueles que cometeram esse delito. Nós estaremos na próxima semana convocando na CPI o presidente da empresa para que ele diga de forma clara se aconteceu isso, se houve inutilização de provas", afirmou Aécio Neves. 

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