domingo, 17 de maio de 2015

Condenado à morte nos Estados Unidos o autor do atentado a bomba à maratona de Boston

Um júri federal em Boston (EUA) condenou à morte o terrorista islâmico Dzhokhar Tsarnaev, de 21 anos, pelos atentados da maratona de Boston, em abril de 2013, que deixaram três mortos e outros 264 feridos. No dia 8 de abril, o júri — composto por sete mulheres e cinco homens — já havia declarado Tsarnaev, de origem tchetchena, culpado das 30 acusações que recebeu após o ataque, sendo que, destas, 17 traziam a possibilidade da pena de morte. A decisão levou mais de 14 horas. Foi a primeira vez que um júri federal sentenciou um terrorista à pena de morte desde os ataques do 11 de Setembro de 2001, em Nova York. Dzhokhar e o irmão Tamerlan colocaram duas panelas de pressão cheias de explosivos e pregos perto do local de chegada da maratona, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, onde 35 mil pessoas corriam e dezenas de milhares assistiam. Foi o maior atentado terrorista em solo americano desde os ataques do 11 de setembro. As vítimas foram a universitária chinesa Lingzi Lu, de 23 anos, a gerente de restaurante Krystle Campbell, de 29 anos, e o menino Martin Richard, de 8 anos. Durante a fuga dos dois irmãos, eles ainda mataram o policial Sean Collier, de 27 anos. Tamerlan, de 26 anos, foi morto durante a perseguição pela polícia em um subúrbio de Boston. Dzhokhar estava gravemente ferido ao ser detido. Segundo a defesa, o irmão mais velho de Dzhokhar foi dominado por grupos terroristas islâmicos após uma visita à família na república russa do Daguestão, em 2011. Foram encontradas nos explosivos impressões digitais de Tamerlan, mas não de Dzhokhar. Relatórios da atividade dos dois na internet mostram que o mais jovem estava estudando na Universidade de Massachusetts-Dartmouth e navegando no Facebook na véspera do atentado, enquanto Tamerlan fez buscas sobre explosões e detonadores. No barco onde se escondia e foi capturado, Dzhokhar escreveu uma mensagem em que dizia "invejar o irmão por ter recebido o prêmio antes de mim" e que "o governo americano está matando nossos civis inocentes, e nós, muçulmanos, somos um só corpo, feriu um, feriu todos". Ele também afirmava que "o islã proíbe a morte de inocentes, mas nesta situação é permitido".

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