quarta-feira, 20 de maio de 2015

Defesa de empreiteiro pede discos rígidos apreendidos na Lava-Jato

A defesa do empreiteiro Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC Constran, apresentou à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pedido para recuperar discos rígidos e iPads do executivo, apreendidos na Operação Lava-Jato. Ele foi preso em novembro do ano passado, é réu por corrupção ativa, foi solto pelo Supremo Tribunal Federal mês passado, mas fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público. Dois defensores de Pessoa estiveram na terça-feira (19) na sede da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida. Eles pedem que os agentes e delegados extraiam cópia das mídias para que possam analisar o material mesmo que os equipamentos sejam devolvidos. Ricardo Pessoa é apontado pelo Ministério Público como coordenador do cartel de empreiteiras que combinava licitações na Petrobras e superfaturava obras em 3% para repassar o adicional a políticos e funcionários da estatal sob a forma de propinas. Nesta quinta-feira (20) à tarde, funcionários da Petrobras que fizeram investigação interna sobre desvios na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná, prestam depoimento na 13ª Vara Federal de Curitiba. A existência da apuração foi revelada pelo Correio. Há quatro anos, a estatal negava qualquer irregularidade nas obras, mesmo após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apontado sobrepreço de R$ 1,4 bilhão no empreendimento, que fica na região metropolitana de Curitiba. O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, também foi à Polícia Federal ontem. Ele deve prestar depoimento na CPI da Petrobras esta semana, segundo pedido feito ao juiz Sérgio Moro. O executivo fechou acordo de delação com o Ministério Público, e confirmou que a empresa fazia pagamentos de propina em meio a obras na petroleira. Ele ficou apenas dez minutos no órgão e foi embora.

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