quinta-feira, 7 de maio de 2015

Desemprego no primeiro trimestre chega a 7,9%, a maior taxa desde 2013

A taxa de desemprego do país fechou o primeiro trimestre deste ano em 7,9%, o equivalente a 7,934 milhões de pessoas sem trabalho. É a maior taxa desde o mesmo período de 2013. Os dados fazem parte da Pnad Contínua, e foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (7). Os números apontam que mais pessoas estão procurando emprego, mas a geração de vagas é menor. No trimestre imediatamente anterior, a taxa foi de 6,5%. No primeiro trimestre de 2014, o desemprego foi de 7,2%, o que significa uma adição de cerca de 900 mil pessoas entre a população desocupada entre aquela época e o primeiro trimestre de 2015. O número leva em consideração apenas quem procura emprego, mas não encontra, ou seja, quem deixa de buscar emprego sai desse conta. Apesar do aumento do desemprego, o rendimento real (já descontada a inflação) tem se mantido estável. Ele foi de R$ 1.840 mensais no primeiro trimestre de 2015, exatamente o mesmo do primeiro trimestre de 2014, e acima do rendimento observado no quarto trimestre de 2014, que era de R$ 1.825, uma alta de 0,8%. A Pnad investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país e deve substituir a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que pesquisa 44 mil domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. O nível de ocupação, ou seja, o percentual daqueles em idade para trabalhar que estão empregados, foi de 56,2% no primeiro trimestre, o equivalente a 92,023 milhões de pessoas. O número é uma queda frente ao quarto trimestre de 2014, quando o nível de ocupação era de 56,9%. Também é menor que o do primeiro trimestre de 2014, quando o percentual era de 56,8%. Pela primeira vez, a Pnad Contínua trouxe informações sobre o mercado de trabalho por regiões e unidades da federação, além do consolidado nacional. A taxa de desemprego do Estado de São Paulo avançou de 7,1% no quatro trimestre do ano passado para 8,5% no primeiro trimestre deste ano. Para o Estado, é a pior taxa da série, que começa em janeiro de 2012. Até então, a pior taxa anterior era de 7,8% no primeiro trimestre de 2012. O acelerado declínio do mercado de trabalho no Estado condiz com a deterioração do setor industrial do país, com cortes de funcionários e férias coletivas. O mercado de trabalho do Estado do Rio de Janeiro também mostrou piora. A taxa aumentou de 5,8% no quarto trimestre do ano passado, para 6,6% nos três primeiros meses deste ano. A região Nordeste liderou o desemprego do país, com taxa de 9,6%. O destaque negativo ficou para o Rio Grande do Norte, com a maior taxa do país (11,5%). A região Sul teve a menor taxa de desemprego, de 5,1%. Santa Catarina foi o destaque positivo, com uma taxa de 3,9%, a menor do país. No Sudeste, o desemprego foi de 8% no primeiro trimestre deste ano, um quadro de piora em relação ao três últimos meses de 2014 (6,6%).

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