sexta-feira, 29 de maio de 2015

Empresário ligado ao PT é preso pela Polícia Federal em operação contra lavagem de dinheiro


A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira uma operação que tem como alvos empresários que doaram para partidos políticos na campanha de 2014. Segundo a Polícia Federal, 90 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. No total, cerca de 30 endereços de pessoas físicas e de 60 empresas foram incluídos na ação. Em combate a uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, 400 policiais participaram da Operação Acrônimo. O principal alvo é o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, O Bené, dono de gráfica em Brasília, uma das quatro pessoas presas na ação. Entre as medidas determinadas pela Justiça Federal está o sequestro de um bimotor turboélice King Air avaliado em R$ 2 milhões, de propriedade do empresário, que é ligado ao PT. A mesma aeronave havia sido apreendida durante a campanha com R$ 116 mil. O avião tem o prefixo PEG, iniciais de seus filhos: o acrônimo que batizou a operação da Polícia Federal. Na ocasião, a Polícia Federal deteve Marcier Trombiere Moreira, ex-funcionário do Ministério das Cidades que atuava na campanha do candidato eleito ao governo de Minas Gerais, o ex-terrorista Fernando Pimentel (PT).


Entre os investigados na operação está o ex-deputado Virgilio Guimaraes (PT-MG). Também está na lista o ex-assessor do Ministério das Cidades que estava no avião que transportava o dinheiro apreendido. Ao longo dos quase 8 meses de investigação, a Polícia Federal diz que realizou acompanhamentos dos suspeitos, além de vigilâncias. A investigação também analisou dados de notebooks, smartphones, tablets, além de outros dispositivos e mídias apreendidos durante a ação no ano passado. Segunda a polícia, mais de 600 gigabytes de informação relevante foram cruzados com outras fontes e bases de dados. Em 2010, Bené como é conhecido, foi interrogado pela Polícia Federal sobre a denúncia de que teria pago o aluguel da casa usada na campanha presidencial. Ainda teve de prestar informações sobre um grupo de inteligência da campanha da então candidata Dilma Rousseff (PT) que estaria envolvido na produção de um dossiê contra o ex-governador José Serra (PSDB). O empresário teve também que dar explicações sobre supostas irregularidades em um contrato da Dialog com o Ministério das Cidades. A empresa tinha contratos da ordem de R$ 49 milhões com vários ministérios em 2009. 

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