terça-feira, 19 de maio de 2015

Justiça multa em R$ 300 mil sindicato petista de professores de São Paulo por fechar rodovias

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu na Justiça a aplicação de multa ao sindicato petista de professores paulistas por bloquear rodovias no Estado. Uma parcela ínfima dos professores está em greve política desde o dia 16 de março. Na última sexta (15), os grevistas decidiram manter a greve dessa minoria. A juíza Lais Helena Bresser Lang Amaral determinou que a Apeoesp (o sindicato petista dos professores) deve pagar cerca de R$ 300 mil por fechar as rodovias Régis Bittencourt, no dia 7, Anchieta – que liga São Paulo ao litoral paulista – no dia 13, e Hélio Smidt –que dá acesso ao aeroporto de Guarulhos (Grande SP) – no dia seguinte. Na decisão, divulgada no final da tarde desta segunda-feira (18), a juíza destacou que o sindicato não "deve praticar qualquer ato de turbação ou esbulho nas rodovias do Estado de São Paulo ou das vias que lhe permitam acesso". Segundo Lais Helena, caso o sindicato não tenha recursos para pagar a multa, a Justiça poderá bloquear as contas dos dirigentes da entidade. No dia 22 de abril, a Justiça já havia determinado, em caráter liminar, que a Apeoesp não poderia fechar total ou parcialmente rodovias em São Paulo. Na ocasião, a Justiça fixou multa de R$ 100 mil por rodovia fechada. No final de abril, a Procuradoria Geral do Estado entrou com pedido na Justiça para que o sindicato fosse multado por bloquear totalmente uma rodovia durante um protesto. Os professores estão em greve há 65 dias e as negociações com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) não avançaram no período. A "categoria" pede apenas um "irrisório" reajuste de 75% (para equiparar o salário aos demais servidores do Estado com formação superior), mas o governo tucano até agora nem sequer apresentou uma contraproposta. Segundo a Apeoesp (sindicato dos professores), o governo pretende apresentar uma proposta apenas em junho, um mês antes da data-base da categoria, num sinal de que a paralisação tende a se estender por mais tempo. Se o acordo não acontecer até lá, a greve superará, em duração, a mais longa da história, ocorrida em 1989, com 80 dias parados. A greve tem baixíssima adesão em grandes escolas de São Paulo. As escolas estaduais com mais matrículas na capital têm paralisações, mas com adesão de, em média, apenas 15% dos professores, no máximo. 

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