quarta-feira, 20 de maio de 2015

L’Oreal quer ‘imprimir’ pele humana - e testar seus produtos no material


A L'Oreal anunciou uma parceria com a startup Organovo, especializada em impressão biológica, para descobrir como usar impressoras 3D para imprimir pele humana - tudo para testar os cosméticos. "Somos a primeira empresa de beleza trabalhando com a Organovo", disse o vice-presidente global de tecnologia da L'Oreal, Guive Balooch. Não é a primeira vez que a L'Oreal produz pele. Para evitar o uso de animais em testes dos cosméticos, a empresa começou a “cultivar” pele na década de 1980. Em Lyon, na França, esse processo é executado em laboratórios gigantescos, inteiramente dedicados ao estudo e análise de tecidos humanos. Cerca de 60 cientistas trabalham no local, fazendo crescer mais de 100 mil amostras de pele por ano - o equivalente a cinco metros quadrados de pele. O método atual utiliza amostras de pele cultivadas a partir de tecidos doados por pacientes de cirurgia plástica. Essas amostras são cortadas em fatias finas e divididas em células que, por sua vez, são colocadas em ambiente especial, expostos a sinais biológicos que imitam os da pele real. A L'Oreal usa metade da pele que produz e vende o resto para empresas farmacêuticas e alguns concorrentes da indústria de cosméticos. Nove variedades de pele estão disponíveis, cobrindo uma gama de idades e etnias. Juntamente com a Organovo, a L’Oreal tenta agilizar e automatizar a produção da pele nos próximos cinco anos. O projeto será realizado nos laboratórios da Organovo, em San Diego, e no novo centro de pesquisas da L'Oreal, na Califórnia. A L'Oreal irá fornecer conhecimentos de produção dermatológica e todo financiamento inicial, enquanto a Organovo, que já está trabalhando com outras empresas para imprimir tecidos hepáticos e renais, irá fornecer a tecnologia. A empresa de cosméticos terá direitos exclusivos para a impressão 3D de pele desenvolvida pela Organovo.

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