quinta-feira, 28 de maio de 2015

Mensaleiro movimentou propina enquanto estava preso

O ex-deputado do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa e seus aliados movimentaram pelo menos 2,53 milhões de reais apenas em contas bancárias do Banco do Brasil entre janeiro de 2010 e março de 2014. Os dados fazem parte do mapeamento feito pelo Ministério Público para tentar rastrear o dinheiro que Corrêa recebeu em propina no escândalo do petrolão. As informações bancárias referem-se a depósitos feitos pelo ex-deputado, pelo caseiro Jonas Aurélio Leite, o ex-assessor do parlamentar Ivan Vernon e a nora de Corrêa, Marcia Danzi. Parte dos valores ocorreu no mesmo período em que Pedro Corrêa cumpria pena por ter sido condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no julgamento do mensalão. Na 11ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal encontrou indícios de que a nora de Corrêa, o ex-assessor e o caseiro recebiam, em nome do ex-congressista, propina enviada pelo doleiro Alberto Youssef. Correa, segundo delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, recebeu mais de 5 milhões de reais em dinheiro sujo do petrolão na campanha eleitoral de 2010. Na decisão que autorizou a prisão, o juiz Sergio Moro destacou que foi detectado que o ex-deputado recebeu R$ 3,3 milhões entre 2010 e 2014, sendo 952.000 reais em 2012 – quase o triplo do que informou oficialmente à Receita Federal no período.

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