terça-feira, 26 de maio de 2015

Preço do dólar explode, devido à desconfiança do mercado com o ajuste fiscal

A cautela com a aprovação das medidas de ajuste fiscal no Brasil, a expectativa de elevação do juro básico nos Estados Unidos e a persistente crise grega minaram nesta terça-feira (26) o apetite ao risco entre os investidores, levando tanto o dólar quanto a Bolsa ao nível de dois meses atrás. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 1,10%, alcançando R$ 3,150 na venda. É a cotação mais alta desde 1º de abril, quando estava em R$ 3,158. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,67%, para R$ 3,150 –também no maior valor desde 1º de abril (R$ 3,174). Na Bolsa, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, fechou em baixa de 1,79%, aos 53.629 pontos. É o menor nível desde 2 de abril, quando estava em 53.123 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,621 bilhões. "Há boatos de que o ex-presidente Lula tem se empenhado em campanha para a troca do Levy (Fazenda) pelo Barbosa (Planejamento)", disse Gabino Neto, economista da gestora Áquilla: "O Levy é o 'defensor do caminho correto', e ele está sozinho nisso. Qualquer ameaça a ele é ruim". O "racha no PT" entre apoiadores e contrários às medidas de ajuste propostas por Levy, segundo o estrategista da BGC Liquidez Leonardo Bardese, levanta dúvida sobre a permanência do atual ministro da Fazenda no cargo e provoca aversão ao risco. Nesta terça-feira, o Banco Central rolou para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos de swap que estavam previstos para o início de junho, em um leilão que movimentou US$ 396,5 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares. 

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