quarta-feira, 17 de junho de 2015

FDA proíbe uso de gordura trans artificial em alimentos nos EUA


Todas as empresas de alimentos nos Estados Unidos terão de eliminar a presença de óleos parcialmente hidrogenados (origem das gorduras trans) de seus produtos em até três anos. O anúncio foi feito pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) na última terça-feira (16). O órgão norte-americano já havia anunciado a possibilidade de banir a substância em 2013, quando os óleos do tipo foram classificados como “não seguros”. Até 2018, as companhias do ramo alimentício terão de se adequar à nova regra ou pedir uma autorização especial à agência para a utilização da gordura trans na sua forma artificial em casos específicos. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as gorduras trans “são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação natural (ocorrido no rúmen de animais) ou industrial”. A substância é frequentemente encontrada em alimentos industrializados: “Os alimentos de origem animal como a carne e o leite possuem pequenas quantidades dessas gorduras”. A incidência mais comum da substância está nos alimentos processados, que representam o maior risco para a saúde. Segundo o órgão brasileiro, “a maior preocupação deve ser com os alimentos industrializados - como sorvetes, batatas-fritas, salgadinhos de pacote, pastelarias, bolos, biscoitos, entre outros; bem como as gorduras hidrogenadas e margarinas, e os alimentos preparados com estes ingredientes”. As gorduras trans podem causar diversos prejuízos para o organismo, que podem levar a sérias doenças cardiovasculares. “O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans pode causar o aumento do colesterol total e ainda do colesterol ruim (LDL)”, alerta a Anvisa. Além disso, a substância causa a diminuição dos níveis de colesterol bom (HDL). “É importante lembrar que não há informação disponível que mostre benefícios à saúde a partir do seu consumo”, diz a agência.

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