quinta-feira, 18 de junho de 2015

Governo de Paris manda investigar atitude antissemita do Museu do Louvre e outras instituições que bloquearam visita de estudantes israelenses


O governador da região da Ile-de-France, que inclui a capital francesa e seus arredores, pediu à promotoria pública que abra uma investigação sobre discriminação contra um grupo de estudantes da Universidade de Tel Aviv, relatado pelo diário francês “Libération”. O grupo deveria visitar Paris no fim do mês, mas seus pedidos de visita a uma série de instituições culturais na cidade, incluindo o Museu do Louvre, foram rejeitados. "Fiquei surpreso ao descobrir que um lugar que recebe nove milhões de visitantes anuais não tenha espaço para nós", afirmou o professor da Universidade de Tel Aviv, Safy Handler: "Mesmo que tenhamos feito o pedido para um dia de meio de semana". Após ter o pedido negado, Hendler tentou conseguir uma visita na mesma data, usando o nome de instituições italianas e de Abu Dhabi, e recebeu a resposta de que as datas estavam disponíveis. "Está claro para mim que quando você diz não aos israelenses, trata-se de um ato racista e discriminatório, no qual ninguém se importa se você é de direita ou esquerda, e o simples fato de sermos israelenses é suficiente para a visão rasa das pessoas", diz Hendler: "É algo que não consigo entender". A administração do Louvre afirmou estar “perturbada” com o incidente e iniciou uma investigação interna sobre o boicote nitidamente antissemita, mas alegou que seu sistema de agendamento é quase que inteiramente automático, diferentemente da Sainte-Chapelle, outra instituição que rejeitou os estudantes de Tel Aviv, em claríssimo ato de antissemitismo. que ainda realiza os agendamentos de forma manual. "Me pergunto qual a idéia por trás disso. Se não virmos a 'Mona Lisa' a ocupação na Cisjordânia acabará? Isso é uma tolice", diz Hendler: "No momento em que você passa a escolher para quem abrirá os museus, no fim das contas estará admitindo apenas cidadãos de democracias ocidentais que pensam exatamente como você". Os franceses sempre tiveram, ao longo da história, uma nítida e acentuada atitude antissemita. Vide-se o que fizeram com o coronel judeu Dreyfuss, cuja injustiça foi intensamente combatida pelo escrito Emile Zola, em um livro chamado "J'accuse". Durante a 2ª Guerra Mundial, parte muito significativa do povo francês contribui para a perseguição aos judeus. Milhares de judeus franceses foram levados ao extermínio para os campos de concentração nazistas. Quem quiser saber um pouco mais sobre isso deve ler o magnífico livro do escritor Jorge Semprun, "A longa viagem". E também deve ver o magnifico filme "Lacombe Lucien", do cineasta Louis Malle. Agora, sob a capa da falsa solidariedade com os árabes palestinos, a França aproveita para reviver seus antissemitismo ordinário, reavivando a formação de listas de perseguidos, pespegando a estrela amarela no peito de judeus que não podem entrar em seus museus. Isso é a mais vil e infame perseguição com motivação racista. A França revela seu caráter verdadeiro. 

Um comentário:

Osvaldo Aires Bade disse...

Cresce número de judeus franceses que estão indo morar em Israel. Governo de Paris manda investigar atitude antissemita do Museu do Louvre e outras instituições que bloquearam visita de estudantes israelenses http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2015/06/cresce-numero-de-judeus-franceses-que.html