sexta-feira, 19 de junho de 2015

Manifestações asquerosas de lobos em pele de cordeiro. Ou: Requião, Delcídio, Randolfe e Lindbergh. Ou: Que coisa nojenta!

Olhem aqui: ou a democracia é inegociável, ou então nos rendemos todos. É simples assim. Ou a democracia é inegociável, ou estaremos flertando com a ditadura. Ou a democracia é inegociável, ou se está escolhendo o caminho da violência. Ou a democracia é inegociável, ou se opta pela barbárie. No pé deste post, há um vídeo em que senadores se manifestam sobre a nota de repúdio, assinada por Renan Calheiros, à agressão de que foram vítimas os parlamentares brasileiros na Venezuela. A primeira a falar foi Ana Amélia (PP-RS). Fez, obviamente, a coisa certa. Elogiou a postura de Renan, chamou as agressões de inaceitáveis e se solidarizou com os agredidos. Em seguida, falou uma figura patética, chamada Roberto Requião (PMDB-PR). Oh, claro, claro, disse que aquilo não deveria ter acontecido, mas afirmou, acreditem, que os senadores brasileiros estavam vivendo na Venezuela o que a presidente Dilma Rousseff já viveu aqui no Brasil. A afirmação é tão estúpida que nem errada consegue ser. Desde quando se viu algo semelhante por aqui? Mais: quaisquer que sejam as querelas em nosso País, não se trata de um ato hostil de um governo a uma missão parlamentar oriunda de um país amigo. E concluiu, com aquele seu ar esquisito: “Que isso sirva de lição”. Entenderam? Requião é do tipo que acha que as vítimas têm mais é de aprender a lição. Que nojo! Requião é a prova de que gente como ele também fica de cabelo branco. Depois foi a vez de se pronunciar Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. Ele também expressou apoio a seus pares que foram sitiados na Venezuela, mas, num dado momento de sua fala, ao tratar dos incidentes, afirmou: “Por mais razões que tenha a Venezuela no trato de suas questões internas”. Quais são as razões de uma ditadura, senador? Quais são as razões para fuzilar 40 pessoas nas ruas? Randolfe Rodrigues (AP), que faz questão de parecer civilizado, apesar de pertencer ao PSOL, o que é uma contradição tão inelutável como “socialismo e liberdade”, condenou a intolerância. E, num dado momento de sua fala, mandou ver: “Eu tenho me alinhado com outros companheiros aqui em uma posição de apoio ao processo venezuelano”. Não me diga! Qual processo, senador? O que fecha televisões? O que empastela jornais? O que faz presos políticos? O que tortura opositores? O que confere ao governo o direito de atirar para matar manifestantes? O que levou o país à fome? O que faz a Venezuela ser hoje o país mais violento da América Latina e um dos mais violentos do mundo? Quanto custa o seu socialismo, senador? E o da ditadura venezuelana? E aí foi a vez do inefável Lindbergh Farias (PT-RJ), a cara-pintada que virou cara de pau. Segundo ele, é preciso agir com “isenção e imparcialidade”, dispondo-se a “conversar com os dois lados”, exercendo a “diplomacia parlamentar”. Não duvidem: na Alemanha da década de 30, o senador petista proporia uma mesa redonda entre nazistas e judeus para saber em quais coisas cada lado poderia ceder… Assista ao vídeo. Mas cuidado para não vomitar na tela. Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário: