quinta-feira, 18 de junho de 2015

Nicolás Maduro, queridinho de Dilma e do PT, manda cercar Caracas para barrar passagem de senadores brasileiros; milícias bolivarianas atacam veículo em que estavam parlamentares

Se havia alguma dúvida — e as pessoas decentes já não tinham nenhuma — de que o governo da Venezuela é composto por um bando de fascistóides asquerosos, agora não há mais. Forças policiais, a serviço do presidente Nicolás Maduro, bloquearam as principais vias de Caracas e impediram a comissão de senadores brasileiros de chegar ao presídio onde se encontram três líderes da oposição. Eles mal conseguiram sair das imediações do aeroporto Simón Bolívar. Isso já bastaria para caracterizar um ato de agressão não àqueles parlamentares, mas ao Brasil. Os senadores que lá estavam representam o Parlamento. Existe um tratado de reciprocidade que dispensa a concessão de visto para a entrada de brasileiros naquele país e vice-versa. Mas houve mais do que o bloqueio: milícias a serviço do regime cercaram o carro onde estavam os senadores, atacando o veículo com chutes e socos. Agentes da Polícia Nacional Bolivariana admitiram que houve uma ação orquestrada do governo para impedir que os brasileiros chegassem à prisão. Disse ele: “É evidente que é uma sabotagem. Quando vem uma autoridade estrangeira, nós os escoltamos em fluxo, contrafluxo ou em qualquer circunstância”. Integram a comitiva Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PA), José Agripino (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB), José Medeiros (PPS) e Sérgio Petecão (PSD). Na van em que se encontravam os senadores estavam a deputada cassada Maria Corina Machado, a mãe de Leopoldo Lopez, que é um dos prisioneiros, e sua mulher, Lilian Tintori, que entrou em pânico, com medo de ser reconhecida e linchada. Eis a Venezuela de Nicolás Maduro. Na semana passada, na Bélgica, Dilma fez uma candente defesa da Venezuela, repudiando qualquer forma de sanção àquela ditadura. Que se note: até agora, os EUA se limitaram a impedir a entrada de figuras de proa do governo. Não houve qualquer medida restritiva contra o país propriamente. Nos dias 9 e 10 deste mês, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu no Instituto Lula Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia Nacional e número dois do regime. O homem é investigado nos EUA por suas ligações com o tráfico de drogas. Segundo seu ex-chefe de segurança, que se exilou, Leamsy Salazar, ele é o número dois do regime, sim, mas o número um do narcotráfico no país. Dilma convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para uma reunião no Palácio do Planalto. Vamos ver qual será a reação do governo brasileiro, sempre tão servil aos destinos do regime bolivariano. Por Reinaldo Azevedo

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