segunda-feira, 22 de junho de 2015

O GOVERNO GAÚCHO NÃO TEM DINHEIRO PARA NADA, NEM PARA PAGAR SALÁRIOS; POR QUE, ENTÃO, NÃO VENDE A SUA DÍVIDA ATIVA?

O governo do Estado do Rio Grande do Sul, finalmente, chegou ao exaurimento de suas contas públicas. Aquela crise apocalíptica, do fim dos tempos, que era esperada há décadas, parece que finalmente se mostrou com toda sua dimensão explosiva. Anuncia o governo que, neste mês de junho, só haverá dinheiro suficiente no tesouro estadual para pagar no máximo até R$ 2.500,00 por funcionário. Sim, é o sinal do fim dos tempos. Nessas circunstâncias, em uma situação de economia de guerra, só resta a tomada de decisões que têm sido postergadas por muito tempo. Um exemplo: a securitização de toda a dívida pública gaúcha e sua venda ao sistema financeiro. O Estado do Rio Grande do Sul tem hoje acumulada uma dívida ativa que supera os 50 bilhões de reais. No máximo dez por centro desse contencioso seria cobrável pela incompetente máquina pública. E mesmo isso demandaria um gigantesco esforço, com funcionários concomitantemente cobrando reajuste de remuneração por sua suposta competência nessa ínfima cobrança. Assim sendo, o caminho normal seria a entrega desse contencioso de quase 50 bilhões ao setor financeiro, muito mais aparelhado, que conseguiria cobrar valores mais elevados, com mais eficácia. O setor financeiro pagaria por isso ao Estado. Até hoje os governos mantém essa trolha inútil da dívida ativa porque ela faz parte da estrutura de endividamento. Ela é usada para aumentar os créditos do Estado, como se ele tivesse todos esses recebíveis, e assim aumentar a capacidade de endividamento. Como o Estado chegou ao ponto em que não pode mais tomar empréstimos, isso é uma reserva inútil.

Nenhum comentário: