sexta-feira, 12 de junho de 2015

Volta da CPMF, criação de novo imposto pela petista Dilma, provoca queda de braço entre governo e PT

A proposta de reedição da CPMF para financiar a saúde no País provocou queda de braço entre governo e a cúpula do PT. O presidente do partido, Rui Falcão, e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), chegaram a discutir no meio do saguão do hotel que abriga o 5º Congresso Nacional da sigla, em Salvador. No texto-base aprovado na quinta-feira (11) pelos petistas para nortear os trabalhos do congresso, Falcão incluiu um parágrafo em defesa da CPMF: "Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública". Nesta sexta-feira (12), porém, Guimarães e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmaram em entrevistas a jornalistas que o tema não foi discutido pelo governo. Guimarães disse ainda que o trecho seria retirado da resolução final do documento petista, que será aprovada neste sábado (13). Ao ser informado sobre as declarações dos companheiros de partido, Falcão se dirigiu a Guimarães dizendo que o parágrafo seria mantido. O líder do governo rebateu. "Amanhã, as manchetes dos jornais serão que o PT quer a volta da CPMF. Se você não retirar [o trecho], a gente vai te derrotar no voto". Minutos depois, Rui Falcão concedeu uma entrevista a jornalistas e reafirmou sua posição. "Não acho que o parágrafo será retirado", disse o presidente petista. "Eu, pessoalmente, tenho defendido isso (a reedição da CPMF). O ministro Arthur Chioro (Saúde), ao que me consta, tinha sido autorizado pela presidente Dilma a buscar uma forma de financiamento para a saúde. Se não for CPMF, com esse nome, certamente será algum tipo de contribuição para financiar esse serviço", completou. Com aval de Dilma, o ministro da Saúde negocia com governadores, há alguns meses, um modelo de arrecadação de recursos para o setor, inspirado na CPMF – cujos valores eram destinados integralmente à saúde (mentira absoluta, os valores eram entesourados e serviam para compor o superávit primário) e foi extinta em 2007, durante o governo Lula. Durante o congresso petista, nesta sexta-feira, Chioro disse que, caso o tributo fosse aprovado, não recairia sobre a classe média. Nos bastidores, o governo argumenta que existe uma negociação em curso liderada pelo ministro da Saúde e que não é "interessante" parecer que esta foi uma resolução do PT, mas sim dos governadores. A cúpula petista, por sua vez, argumenta que o partido precisa se posicionar e tem liberdade para apresentar propostas, críticas e sugestões à gestão da presidente Dilma. Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou também nesta sexta-feira que não há perspectiva para a volta do imposto e que não há "nenhuma discussão em curso" sobre o tema no governo. "Eu não estou cogitando", disse. Questionado sobre as declarações de Levy, Rui Falcão disse que o ministro "tem o direito de se manifestar, assim como nós temos direito de propor".

Um comentário:

Jorge Hardt Filho disse...

O maior programa do PT continua sendo o "MAS IMPOSTOS"
Para um Lula que afirmava,à época da implantação do plano real"não precisava aumentar a carga tributária, é só parar de roubar" ao assumir o PT, não só não baixou como ao longo desses 12 anos aumentou a carga tributária federal em ± 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais) POR DIA!!!
e os investimentos caíram proporcionalmente. E ainda querem mais!
Haja roubo.