quarta-feira, 29 de julho de 2015

A petista Maria do Rosário levou R$ 145 mil de propina da Engevix, segundo diretor da empresa


O vice-presidente da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, revelou aos investigadores da operação Lava Jato que encaminhou uma lista indicando políticos do PT para receberem doação da empresa ao lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas da empreiteira e que decidiu fazer acordo de delação premiada na Lava Jato. O empreiteiro, contudo, disse não se recordar se a doação aos políticos da sigla foi abatida das “comissões” que ele devia a Pascowitch. “Que a lista refere-se a uma doação feita ao Partido dos Trabalhadores, tendo o declarante (Gerson Almada) nominado os candidatos que gostaria de verem beneficiados com parte dos recursos; que essa lista foi entregue a Milton Pascowitch, tratando-se a doação no valor de R$ 400 mil feita de forma espontânea”, relatou o executivo à Polícia Federal, em depoimento no dia 1º de abril de 2015. Ele indicou ainda que o dinheiro foi repassado para as campanhas dos parlamentares Vicente Cândido, Maria do Rosário, “Mirian” (que o depoimento não identifica), os deputados estaduais do PT Rio Grande do Sul Altemir Tortelli, Marcos Daneluz e Nelsinho Metalúrgico, além dos irmãos Nilto Tatto e Enio Tatto, deputado federal e deputado estadual por São Paulo, respectivamente. Conforme lançado na prestação de contas da candidata, ela recebeu R$ 145 mil da Engevix, que foi a sua terceira maior doadora. Também recebeu R$ 37.500,00 da Queiroz Galvão e R$ 33.250,00 da Andrade Gutierrez. Ao todo foram R$ 215.750,00 das empreiteiras do Petrolão. O maior doador de Maria do Rosário foi a Mineração Corumbaense, subsidiária da Vale do Rio Doce, com R$ 200 mil. E o segundo maior doador foi a União de Faculdades do Amapá Ltda., com R$ 200 mil. Ninguém sabe qual o interesse deste doador em uma deputada gaúcha, mas em se tratando do PT logo, logo vai aparecer.

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