quinta-feira, 23 de julho de 2015

Consumo mundial de suco de laranja cai 15,2% em 10 anos e afeta a economia brasileira, maior exportadora mundial

A sede mundial por suco de laranja arrefeceu nos últimos 10 anos, segundo pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR). Entre 2004 e 2014, a redução foi de 15,2%. "O mundo deixou de consumir nesse período mais de uma safra e meia", diz o diretor-executivo da CitrusBr, Ibiapaba Netto, em relação à atual colheita brasileira, de 279 milhões de caixas de laranja. Pelo menos duas razões explicam o resultado: concorrência de outras bebidas e abandono do hábito de tomar café da manhã — onde o suco era um dos ingredientes principais. Para reverter a curva descendente, o Brasil, maior produtor e exportador da bebida, já sabe o que precisa fazer. São ações dentro e fora de casa. No Exterior, destino de 95% da produção nacional, a missão será reverter hábitos de consumo. Campanha voltada ao continente europeu — para onde vai 71% do suco brasileiro — e direcionada aos médicos e nutricionistas abordará as razões, leia-se benefícios à saúde, pelas quais as pessoas devem beber o suco. Dentro de casa, a idéia é ganhar espaco, principalmente no suco 100% integral, com consumo tímido por aqui. Proposta de desoneração de PIS/Cofins — que engloba ainda suco de uva e água de coco — já foi encaminhada ao Ministério da Agricultura. Netto sabe, no entanto, que o momento de pressão não é agora: "Hoje, não há ambiente para isso. Quando passar o período de ajuste fiscal, no entanto, queremos que esse seja um dos primeiros assuntos da pauta". 

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