sexta-feira, 24 de julho de 2015

Delegação internacional de senadores é impedida de visitar Leopoldo López


As autoridades responsáveis pela penitenciária em que está preso o líder opositor político venezuelano Leopoldo López impediram nesta sexta-feira a entrada de uma delegação internacional de senadores que queria visitá-lo. O grupo, composto por parlamentares como os espanhóis Dionisio García, do Partido Popular (PP); Iñaki Anasagasti, do Nacionalista Basco (PNV); Josep Maldonado, do Convergència i Unió (CiU); e o uruguaio Pablo Mieres, do Partido Independiente (PI), viu frustrada pela segunda vez a tentativa de se encontrar com políticos presos no país do ditador bolivariano Nicolas Maduro. "Quero dizer ao povo venezuelano e, sobretudo, aos dirigentes políticos que estão injustamente presos, que não vamos deixá-los nesta luta (...) que vamos continuar", disse aos jornalistas o senador Ander Gil, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). Os senadores levavam um documento do Ministério do Interior da Venezuela que credenciava a delegação a fazer a visita. "A decisão depende somente das autoridades judiciais e policiais, e até agora não temos nenhuma resposta", disse aos jornalistas o senador Dionisio García, pouco antes de ir embora com seus colegas e as esposas de Leopoldo López e Antonio Ledezma, Lilian Tintori e Mitzy Capriles, respectivamente. García disse esperar que ao menos Lilian consiga autorização para uma visita familiar na prisão de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, para dar a López o "abraço" e "carinho" dos senadores e de "os principais grupos do Senado da Espanha que são os grupos que representam à imensa maioria da população espanhola". A delegação de senadores espanhóis chegou a Caracas na quarta-feira passada e conseguiu visitar Ledezma em sua residência, onde o opositor cumpre prisão domiciliar desde abril deste ano, acusado de conspirar contra o governo. Nessa quinta-feira, o grupo foi proibido de visitar o ex-prefeito Daniel Ceballos, preso nas dependências do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), mas cumpriu o restante da agenda ao se reunir com parentes de políticos presos ou acusados pelo governo, assim como com bispos venezuelanos.

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