segunda-feira, 20 de julho de 2015

Hackers atacam site canadense de adultério, que atua no Brasil: 37 milhões de casos podem ser revelados


Hackers roubaram dados do maior site de promoção de encontros extraconjugais do mundo, o canadense Ashley Madison, e prometem divulgar as informações de seus 37 milhões de usuários. Até agora, o maior atrativo da página, que aportou no Brasil em 2011 com a frase "A vida é curta. Curta um caso", era justamente o sigilo dos perfis e dados financeiros de quem acessa o site. As informações foram roubadas por um grupo chamado "Impact Team" (Time de Impacto), que também teve acesso às informações dos sites "Cougar Life", com 7,6 milhões de usuários, e "Established Men", com 1,3 milhões, que também integram o grupo de empresas da Avid Life Media, administrador do Ashley Madison. Até o momento, os hackers divulgaram 40 MB de informações, como detalhes das transações feitas por cartões de crédito e outros documentos utilizados no site. Junto a elas, postaram uma ameaça afirmando que essas informações seriam um "aperitivo" e que mais seria divulgado se os sites não fossem fechados permanentemente. "A Avid Life Media foi instruída a tirar do ar os sites Ashley Madison e Established Men permanentemente e em todas as suas formas ou publicaremos todos os registros dos clientes, como perfis com todas as fantasias sexuais secretas e transações de cartão de crédito, nomes reais e endereços, documentos e e-mails. Os outros sites podem permanecer online", dizia a mensagem do Impact Team. De acordo com os hackers, o site cobra uma taxa para apagar totalmente as informações dos usuários que decidem fechar suas contas, incluindo os dados de cartão de crédito, o que seria uma "mentira completa". "Os usuários "sempre pagam com cartão de crédito: os detalhes de compras não são removidos como prometido e incluem o nome e endereço verdadeiro, certamente as informações que os usuários mais querem que sejam removidas", afirmou o Impact Team na mensagem. Em entrevista ao jornalista americano Brian Krebs, o primeiro a divulgar a notícia do vazamento no fim da noite de domingo (19), o chefe-executivo do Avid Life Media, Noel Biderman, confirmou que o material hackeado é verdadeiro e que a empresa está "trabalhando diligente e fervorosamente" para impedir a divulgação dos dados. O grupo acredita que o responsável pelo roubo de informações seja alguém que trabalhou para empresa e teve acesso à área técnica dos sites. Em um comunicado oficial divulgado no site do grupo, a Avid Life Media lamentou o ocorrido e informou que está trabalhando em conjunto com agências de segurança para investigar o crime e punir os autores. Os brasileiros que atuavam neste site devem estar tremendo de medo. 

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