quinta-feira, 2 de julho de 2015

Justiça decide que assassino do desenhista Glauco deve responder por crimes em Goiás

A Justiça aceitou os laudos que atestam que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, pode responder judicialmente por quatro crimes cometidos em Goiânia no ano passado. Com isso, a ação penal contra ele, que havia sido suspensa em dezembro de 2014, voltará a tramitar. Cadu irá responder por dois latrocínios, porte ilegal de arma com numeração raspada e receptação de automóvel. Ele é acusado de dois latrocínios cometidos em Goiânia em agosto do ano passado. O agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D'Abadia e o estudante Matheus Pinheiro de Morais, de 21 anos, morreram em datas diferentes após terem os carros roubados. Os laudos – resultados de um exame de insanidade mental e de outro psicológico– foram solicitados pela defesa de Cadu e divulgados no último dia 9 de abril pelo promotor de Justiça Fernando Braga Viggiano. Cadu, que é assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele Raoni, mortos em março de 2010, em Osasco (SP), havia sido considerado esquizofrênico e declarado inimputável pela Justiça em 2011.
 

Em razão disso, foi aplicada na época uma medida de segurança, iniciada com internação em hospital de custódia no Paraná e continuada em Goiânia por meio do Paili (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator). Quando foi preso pelos crimes praticados em Goiânia, em 1º de setembro de 2014, Cadu estava no período de acompanhamento ambulatorial pelo programa. Logo depois que o Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra Cadu à Justiça, a defesa argumentou que ele já fora considerado inimputável e pediu a realização de novos laudos periciais. A ação foi suspensa desde então. Agora, com a homologação do resultado pela juíza Bianca Melo Cintra, o processo será retomado e volta à fase inicial. A defesa de Cadu tem o prazo de dez dias para apresentar resposta à acusação.

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