terça-feira, 28 de julho de 2015

Polícia Federal deflagra nova fase da Lava Jato com foco no setor elétrico, é o Eletrolão do PT, ou Atomicão do PT


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Radioatividade". São 180 policiais federais cumprindo 30 mandados judiciais, em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. Há dois mandados de prisão temporária, cinco mandados de condução coercitiva e 23 mandados de busca e apreensão. Entre os presos estão o presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, afastado do cargo desde abril, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Ambos foram detidos no Rio de Janeiro. Nesta etapa, o foco das investigações são contratos firmados por empresas que já haviam sido mencionadas na Lava Jato com a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás. A Eletrobrás é uma empresa cujo controle acionário é do governo federal. De acordo com a Polícia Federal, a investigação aponta, nesta fase, formação de cartel e prévio ajustamento das licitações nas obras da usina nuclear de Angra 3, e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. Segundo informações da Polícia Federal e do procurador federal Athayde Ribeiro Costa, o presidente licenciado da Eletronuclear recebeu R$ 4,5 milhões em propina do consórcio de empreiteiras responsáveis pelas obras de Angra 3. Um prédio da Eletronuclear, no Rio de Janeiro, foi lacrado pela Polícia Federal nesta manhã. Os presos desta fase serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná.


Preso hoje pela Polícia Federal, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva havia se afastado do cargo de presidente da Eletronuclear em 29 de abril, após ser citado na Lava Jato por possíveis irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear Angra 3. Desde então, o diretor de operação da empresa, Pedro Figueiredo, assumiu interinamente a presidência.

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