domingo, 19 de julho de 2015

Queimando a oposição

O El País mostra a razão das recentes cassações dos direitos políticos de opositores ao regime de Nicolas Maduro: minar as possibilidades da oposição nas eleições de dezembro. No nível parlamentar, informa o jornal, as pesquisas de opinião mostram que a oposição supera em 15% os candidatos da situação. Por isso, Maduro tem buscado queimar a oposição desde julho, quando estendeu a suspensão de direitos de Daniel Cabllos, ex-prefeito de San Cristóbal. Depois, seguiram na navalha autoritária María Corina Machado, ex-deputada, e Vincenzo Scarano, ex-prefeito de Carabobo, ambos impossibilitados de exercer cargos políticos por um ano. Ontem, Pablo Pérez, ex-governador de Zulai, teve os direitos suspensos por dez anos. Diz o jornal: “a Controladoria lança mão de pretextos pré-fabricados para aplicar as sanções. No caso de Machado, por exemplo, o controlador Manuel Galindo Ballesteros alegou que, quando era deputada, sua declaração patrimonial não incluiu receitas com prestações sociais e bônus. No caso de Scarano, o ente oficial disse que o ex-prefeito apresentou tarde sua declaração patrimonial; na data estabelecida para tal, Scarano se encontrava incomunicável na prisão". Ballesteros é um advogado leal a Maduro e a primeira-dama, Cilia Flores. Foi funcionário de ambos quando presidentes da Assembleia Nacional, de 2005 a 2011.

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