quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A petista Dilma Rousseff diz que "cultura de golpe ainda existe"; ela está demonizando as manifestações de domingo

Às vésperas das manifestações previstas para mais de 200 cidades cujo mote é seu afastamento do Palácio do Planalto, a presidente petista Dilma Rousseff disse que "a cultura do golpe ainda existe" no Brasil mas que, hoje, não há "condições materiais" de isso ocorrer. "No passado até a nossa redemocratização, sistematicamente houve tentativas de golpe", avaliou a presidente. "Esse passado não se coaduna com a nossa democracia moderna. (...) Acho que a cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de isso ocorrer", concluiu. A presidente falou sobre o assunto durante entrevista ao SBT, exibida na noite desta quarta-feira. A petista disse que as manifestações são legítimas, desde que não haja "intolerância". "A intolerância divide o país", afirmou. "Temos de ser capazes de conviver com as diferenças. (...) Não somos uma democracia infantilizada. Manifestações são normais. O que temos que evitar é a intolerância", disse Dilma. A presidente ressalvou, no entanto, que há um "processo de intolerância como não visto no Brasil a não ser nos períodos passados, quando se rompeu a democracia". Dilma disse que não cogita a renúncia e ironizou esse tipo de especulação. "Eu acho fantástico um questionamento desse tipo", disse. A petista afirmou que "jamais" cogitou tal hipótese e que esse tipo de pensamento não pode ser aceito por defensores da democracia. Ela voltou a afirmar que seu mandato foi legitimado pelo voto. "Democracia exige respeito à instituição. Esse respeito à instituição é fundamental não é pra mim, para o meu caso, mas para todos os que vierem depois de mim", afirmou.

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