terça-feira, 25 de agosto de 2015

Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa reafirmam pagamento de R$ 10 milhões para abafar CPI


Durante acareação, hoje (25), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, reafirmaram ter sido feito pagamento de R$ 10 milhões para evitar uma CPI no Congresso, em 2009. Segundo os delatores, a propina foi paga para esvaziar uma comissão parlamentar criada para investigar a Petrobras. Segundo Youssef, o valor de R$ 10 milhões foi pago pela empreiteira Camargo Correia ao então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), morto em 2014. Paulo Roberto Costa acrescentou que foi procurado por Sérgio Guerra e pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) para tratar do pagamento, que seria destinado a “abafar” a CPI.” Da minha parte, posso dizer que eles receberam”, disse. O deputado Leo de Brito (PT-AC) aproveitou a revelação para questionar a oposição que, um pouco antes, havia perguntado a Youssef e a Paulo Roberto Costa sobre o suposto repasse de R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010. Brito chamou a pergunta de “esforço descomunal” para envolver o ex-presidente Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista, durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") e a presidente Dilma nas denúncias. “Queremos saber se vão utilizar dois pesos e duas medidas. Eu quero saber onde foram parar os R$ 10 milhões usados para barrar a CPI da Petrobras. Essa é uma pergunta que devemos fazer?”, questionou Brito. “Queremos saber se o dinheiro foi para o partido (PSDB), se ele estava envolvido”, complementou. Durante a acareação, os depoentes confirmaram também o pagamento de R$ 1 milhão para a campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em 2010, proveniente do esquema de propina na Petrobras. Youssef disse que fez o repasse do dinheiro a pedido de Paulo Roberto Costa e confirmou a informação. Paulo Roberto Costa nega, mas admite que houve o repasse. “Já participamos de uma acareação em Curitiba e há realmente uma contradição nesse ponto, mas o importante é que o dinheiro foi integralmente pago”, disse Paulo Roberto Costa.

Nenhum comentário: